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    Entidades da imprensa condenam ataques contra Editora Abril

    DE SÃO PAULO

    26/10/2014 08h50

    Ernesto Rodrigues/Folhapress
    Manifestação contra publicação da "Veja" espalhou lixo em frente a prédio da Editora Abril
    Ataques contra publicação da "Veja" espalhou lixo em frente a prédio da Editora Abril

    Entidades e associações da imprensa repudiaram os ataques realizados contra a editora Abril na noite desta sexta-feira (24), quando cerca de 50 pessoas fizeram pichações e espalharam lixo em frente ao prédio da empresa em resposta a uma reportagem da revista "Veja" sobre o caso de corrupção na Petrobras.

    Em nota, Domingos Meirelles, presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), disse que os atos realizados são "condenáveis num regime democrático" e que "a história tem mostrado como manifestações de intolerância política dessa natureza costumam terminar".

    Já a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e de Televisão) diz em seu site que "acompanha com preocupação episódios como o de ontem à noite, pois a entidade considera grave qualquer ato de intimidação à liberdade de imprensa".

    A Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas) classificou as depredações como "atos de vandalismo que ferem a democracia, a liberdade de expressão e de imprensa".

    Os ataques foram uma resposta à última reportagem de capa da revista "Veja". Segundo a revista, o doleiro Alberto Youssef teria dito em depoimento que Lula e Dilma tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.

    PICHAÇÕES E LIXO

    Na calçada, nas paredes e na placa da Abril foram escritas frases como "Veja mente" e "fora Veja". Segundo testemunhas ouvidas pela Folha, os manifestantes passaram cerca de meia hora no local cantando gritos de guerra contra a revista. Eles deixaram o local por volta das 19h30.

    As pichações foram assinadas pela UJS (União da Juventude Socialista), organização de militância jovem ligada ao PC do B, que apoia a candidatura de Dilma.

    Em seu site, a UJS classifica os ataques de "ato político" e afirma que a revista é "conhecida por disseminar falácias sobre o atual governo" e "não poupou adjetivos para divulgar uma acusação sem provas [...] com clara intenção de prejudicar " Dilma.

    Na nota, a entidade diz que seus militantes e gritaram palavras de ordem contra a publicação, rasgaram uma dezena de revistas e fixaram faixas nas grades do prédio. Eles não citam as pichações e nem o lixo jogado diante da editora.

    A Polícia Militar afirmou que quatro pessoas foram detidas e levadas ao 14º DP (Pinheiros).

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