O comandante da Polícia Militar no município de Pombal, interior da Paraíba, foi afastado do cargo neste domingo (26) após ser acusado de atuar de forma parcial no combate a crimes eleitorais da região.

O afastamento foi resultado de um pedido da juíza Isabelle Braga Guimarães e do Ministério Público Eleitoral da Paraíba. A determinação foi acatada esta semana pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Paraíba.

Segundo a assessoria de comunicação do TRE, o pedido de afastamento ocorreu após denúncias de uma suposta omissão do comando da polícia a respeito de possíveis crimes eleitorais cometidos pela campanha do governador Ricardo Coutinho (PSB).

Coutinho enfrenta nas urnas o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), numa disputa marcada por clima de torcida nas ruas, ânimos exaltados e troca de acusações entre os candidatos.

Cássio acusa o governador de usar a máquina estadual a seu favor, usando funcionários públicos e até presos temporários em sua campanha.

Do outro lado, Coutinho acusa seu adversário de tentar "comprar consciências" dos eleitores: "É uma campanha que nos envergonha".

A Folha tentou contato com o secretário de Segurança, Cláudio Lima, mas ele não atendeu as ligações no celular.

DISPUTA ACIRRADA

O resultado apertado no primeiro turno foi um dos fatores que motivaram o acirramento da disputa: Cássio obteve 47,4% dos votos válidos, ante 46% de Coutinho.

No segundo turno, o governador recebeu o apoio do senador Vital do Rêgo (PMDB), que também disputou o governo e obteve 5% dos votos.

Coutinho e Cunha Lima eram aliados até o início deste ano, quando o PSDB paraibano rompeu com o governo para articular candidatura própria.