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    Marconi Perillo (PSDB) é reeleito para o governo de Goiás

    PATRÍCIA BRITTO
    DE SÃO PAULO

    26/10/2014 18h34

    O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi reeleito neste domingo (26) para o quarto mandato à frente do Palácio das Esmeraldas.

    Com 100% das seções apuradas, o tucano ampliou a vantagem registrada no primeiro turno e obteve 57,44% dos votos válidos, vencendo com folga o adversário Iris Rezende (PMDB), que registrou 42,56%. A abstenção alcançou 21,53% dos eleitores no Estado.

    "Prevaleceu o bom senso, prevaleceu a boa proposta, a campanha mais limpa, prevaleceram as melhores teses e o melhor estilo de governar", afirmou, após a confirmação da vitória.

    "A responsabilidade é grande, mas eu estou seguro que com boa equipe (...), ao lado de nossos deputados estaduais, federais, haveremos de continuar a fazer um grande governo".

    O governador afirmou ter tido o cuidado de não apresentar "propostas mirabolantes". "Apresentamos propostas com os pés no chão. Vamos cumprir esses compromissos, para fazer de Goiás cada vez mais um Estado próspero", completou o tucano.

    O governador reeleito contará com a maioria da Assembleia Legislativa, uma vez que sua coligação elegeu 63% dos 41 deputados estaduais.

    Esta foi a terceira vez que Perillo e Rezende se enfrentaram na disputa pelo governo goiano –todas foram vencidas pelo candidato do PSDB.

    Com a reeleição, Perillo dará início ao quinto mandato consecutivo de seu grupo político, que começou com sua primeira eleição, em 1998.

    Neste segundo turno, a campanha foi marcada pela comparação entre as gestões de Perillo e de Rezende, que governou o Estado em duas ocasiões, de 1983 a 1986 e de 1991 a 1994.

    No primeiro turno, Perillo teve um total de 1.451.330 votos (46%), e Rezende, 898.645 (28%). O terceiro colocado da primeira etapa de votação foi o candidato Vanderlan Cardoso (PSB), com 474.090 votos. A abstenção ficou em 18,83%. O tucano intensificou as agendas em cidades onde perdeu no dia 5 de outubro, como a capital, Goiânia, Senador Canedo e Aparecida de Goiânia.

    Em suas propagandas eleitorais, o governador destacou programas sociais de seu governo, como o Cheque Moradia e o Restaurante Cidadão, e prometeu integrá-los a programas federais como o Minha Casa, Minha Vida.

    Já o peemedebista prometeu criar dez hospitais regionais e construir 40 Centros de Proteção ao Cidadão, para interligar delegacias, juizados de pequenas causas e polícia judiciária, entre outras promessas.

    A seu favor, o governador teve a repercussão positiva da prisão do assassino confesso de uma série de mulheres este ano em Goiânia, entre outras vítimas.

    O tema havia sido abordado no primeiro turno por seu adversário, que explorou o medo da violência e usou depoimentos de parentes das vítimas em seu programa eleitoral.

    Em entrevista concedida após a divulgação do resultado, Iris Rezende reconheceu que não obteve sucesso no pleito, mas disse estar satisfeito por sua participação e pela "consciência tranquila e do dever cumprido". "Recebo o resultado com humildade, porque sempre me caracterizei como democrata e o grande valor da democracia é a vontade da maioria do povo em quaisquer decisões", disse.

    Rezende, que no decorrer da campanha afirmou que essa seria a última eleição que participaria, disse que a partir de amanhã seguiria como militante do partido. "Deixar a política propriamente só quando Deus me chamar."

    Em nota enviada à imprensa, Rezende ainda cumprimentou o governador reeleito. "Desejo que cumpra o compromisso de fazer um governo digno, eficiente e imbuído dos valores que estão na base do nosso Estado. Principalmente isto: respeite o resultado, que mostra que ele teve o voto da maioria, mas não da totalidade dos goianos", afirmou no documento.

    APOIOS

    A campanha eleitoral em Goiás refletiu a polarização do pleito nacional, com o tucano pedindo votos para Aécio Neves (PSDB) e Iris Rezende abrindo espaço para a presidente Dilma Rousseff (PT), em troca do apoio do PT local.

    Entre os apoios locais, o peemedebista saiu na frente ao conseguir o endosso de Antônio Gomide (PT), candidato que teve 10% dos votos no primeiro turno.

    Alguns dissidentes, porém, ficaram do lado do tucano, como o empresário Júnior Friboi (PMDB), adversário interno de Rezende, e o petista Iram Saraiva Júnior, ex-chefe de gabinete do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT).

    Terceiro colocado no primeiro turno, o candidato do PSB, Vanderlan Cardoso, não declarou apoio a nenhum dos candidatos.

    Colaborou CARLA GUIMARÃES, em Goiânia

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