• Poder

    Monday, 06-May-2024 02:43:51 -03
    [an error occurred while processing this directive]

    Eleito no RS foi prefeito de Caxias do Sul e líder do PMDB na Assembleia

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    26/10/2014 18h40

    Veterano do PMDB gaúcho, José Ivo Sartori, 66, chega de maneira surpreendente ao auge de sua trajetória política, após quase 40 anos de vida pública.

    A eleição para o governo gaúcho até pouco tempo não era uma meta pessoal dele. E sua ascensão na campanha deste ano foi inesperada para o eleitorado, que se dividia em princípio entre o governador Tarso Genro (PT) e a senadora Ana Amélia Lemos (PP).

    Nas primeiras pesquisas, nem em sua base eleitoral, a serra gaúcha, seu nome parecia empolgar os eleitores.

    A virada só veio na reta final do primeiro turno, quando a troca de acusações entre Tarso e Ana Amélia acabou levando a uma migração de votos para sua candidatura, que despontou como terceira via.

    A ideia de concorrer ao governo não havia partido de Sartori, mas sim de um grupo de correligionários do PMDB gaúcho que pretendia lançar um nome novo ao governo.

    O partido vinha de duas derrotas ainda no primeiro turno em 2010 e 2006, com José Fogaça e Germano Rigotto –políticos que eram bem mais conhecidos no Estado.

    Tradicionalmente, o PMDB do Rio Grande do Sul é o principal polo de oposição ao PT, já que os tucanos têm pouca expressão no Estado.

    Sartori relutou em aceitar o convite, mas acabou concordando no início do ano em lançar a candidatura. Antes da campanha, formou uma coligação que lhe rendeu o segundo maior tempo de TV, atrás apenas de Tarso.

    O espaço no horário eleitoral ajudou sua equipe de marketing a fixar a figura do "gringo", como foi apelidado: interiorano, simples e com um histórico de obras. De 2005 a 2012, ele governou Caxias do Sul, maior município do interior gaúcho.

    No primeiro turno, a estratégia foi evitar polêmicas em meio aos ataques petistas contra a candidata do PP.

    No segundo turno, aliou-se ao presidenciável tucano Aécio Neves e precisou responder a críticas do PT, que questionou sua participação em polêmicas de governos anteriores do PMDB, como privatizações.

    Sartori foi secretário estadual nos anos 80 do hoje senador Pedro Simon e líder do partido na Assembleia no governo de outro peemedebista, Antônio Britto (1995-1998).

    No Legislativo gaúcho, foram cinco mandatos seguidos a partir de 1982. De 2003 a 2004, antes de se eleger prefeito, foi deputado federal.

    A entrada dele na política remonta ao movimento estudantil ainda no período da ditadura. Naquela época, ele era professor universitário de filosofia e dava aulas de história em um cursinho.

    [an error occurred while processing this directive]

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024