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    Governador reeleito na Paraíba fez carreira sindical e foi expulso do PT

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    ENVIADO ESPECIAL A JOÃO PESSOA

    26/10/2014 19h40

    Atual governador Paraíba, Ricardo Coutinho, 53, é farmacêutico e tem uma trajetória política ligada ao sindicalismo.

    Ocupou o cargo de presidente do Sindicato dos Farmacêuticos da Paraíba e foi um dos fundadores do Sindicato dos Servidores em Saúde do Estado.

    A atuação sindical o levou ao PT, partido pelo qual foi eleito vereador em João Pessoa em 1992 e 1996. Em 1998, foi eleito deputado estadual.

    Em 2000, foi expulso do partido após ser derrotado em prévias internas para disputar a Prefeitura de João Pessoa.

    Na época, Coutinho foi acusado de pregar o voto nulo em detrimento do seu companheiro de partido Luiz Couto, que saiu vencedor na disputa interna e foi candidato à prefeitura da capital.

    Fora do PT, Coutinho filiou-se ao PSB e disputou novo mandato de deputado estadual em 2002 –foi o candidato mais votado na ocasião, com 47,9 mil votos.

    Dois anos depois, tentou a Prefeitura de João Pessoa e venceu com 64% dos votos.

    Reeleito em 2008, cumpriu mandato até abril de 2010, quando deixou o posto para disputar o governo da Paraíba.

    Aliou-se ao ex-governador e hoje adversário Cássio Cunha Lima (PSDB), que na ocasião disputou uma cadeira no Senado em sua chapa.

    Com 53,7% dos votos, acabou vencendo o então governador e hoje senador eleito José Maranhão (PMDB), que teve 46%.

    Coutinho é casado com a jornalista e ex-miss Bahia Pâmela Bório e tem dois filhos.

    CAMPANHA DE 2014

    Nas eleições deste ano, Coutinho perdeu o apoio do PSDB, que entregou os cargos no início de 2014 para Cássio disputar o governo.

    Diante da perda do principal aliado, fechou uma aliança com o PT, e também teve apoio no segundo turno de antigos rivais do PMDB, como José Maranhão e o senador Vital do Rêgo.

    Na campanha, apresentou como principais ações de seu governo a criação de escolas em tempo integral, a aquisição de ônibus escolares e investimentos em ciência e tecnologia.

    Por outro lado, foi criticado pelos adversários pela desativação de leitos em hospitais e pela gestão fiscal do Estado –em 2013, o governo ultrapassou o limite prudencial para gastos com pessoal no começo do ano.

    No segundo turno, declarou apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), a despeito do PSB nacional ter optado por seguir com Aécio Neves (PSDB).

    Semanas antes, ainda no primeiro turno, em comício ao lado de Marina Silva (PSB), Coutinho havia feito duras críticas ao governo Dilma.

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