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    Médico, petista levará o PT a 20 anos de comando no Acre

    JULIANA COISSI
    DE SÃO PAULO

    26/10/2014 22h19

    A reeleição do governador do Acre, Tião Viana, confirmada nas urnas deste domingo (26), deverá garantir ao PT, caso Viana cumpra seu mandato até 2018, duas décadas seguidas no comando do Estado.

    Antes dele, governaram o Acre o atual senador Jorge Viana (1999-2006), irmão de Tião, e Binho Marques (2007-2010).

    Médico, Sebastião Viana Macedo Neves, 53, também é docente da UFAC (Universidade Federal do Acre). É casado há 22 anos com a arquiteta Marlúcia Cândida e é pai de três filhos. Foi senador pelo PT por 12 anos antes de assumir o governo.

    Viana foi o terceiro governador mais bem avaliado no país, segundo pesquisa Ibope/CNI divulgada em dezembro do ano passado -55% avaliavam a gestão como ótima ou boa.

    Sob sua gestão, o Acre viu sua receita evoluir, de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,7 bilhões. Entretanto, o petista ampliou a dívida pública e freou investimentos em infraestrutura.

    Procurou imprimir uma marca social à gestão, com construção de casas financiadas pelo governo federal e ações de asfaltamento em regiões de periferia.

    A boa aceitação entre os acrianos se manteve mesmo após operação da Polícia Federal em maio de 2013, que prendeu um sobrinho de Tião, um secretário de Estado e outros 13 suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.

    O caso ainda tramita na Justiça. Tião, na época, disse apoiar a ação policial e que sempre expressou "tolerância zero contra qualquer prática de corrupção".

    No início deste ano, o Acre sofreu graves impactos da cheia histórica do rio Madeira. Viana pediu apoio à presidente Dilma Rousseff, que visitou o Estado. Aviões da Aeronáutica foram utilizados para levar até mesmo frutas e verduras a áreas remotas.

    Também neste ano, Viana se envolveu num bate-boca com o governo de São Paulo sobre a situação de imigrantes haitianos, que chegam ao Estado via Peru. Ele foi criticado por usar dinheiro público para enviar imigrantes para São Paulo -empregou R$ 1,6 milhão no fretamento de 50 ônibus. Rebateu apontando o "preconceito racial" da "elite paulista".

    A gestão também foi alvo de questionamento, desta vez do Ministério Público do Acre, pela compra de 5.000 bicicletas elétricas para alunos de escolas rurais -para o órgão, houve direcionamento da licitação para uma empresa. O governo acriano disse que a licitação foi legal e que garantiu direito de recurso às demais firmas concorrentes.

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