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    Eleito no RS, Sartori disse que precisou ser 'ofensivo' para responder ao PT

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    26/10/2014 22h57

    O governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), disse após a sua vitória neste domingo (26) que se viu obrigado a subir o tom das críticas ao PT do candidato Tarso Genro, que tentava a reeleição, e lamentou o saldo do debate no segundo turno no Estado.

    Na última semana da campanha, o PT tentou rotular o adversário como despreparado e exibiu vídeos de gafes do peemedebista. Sartori respondeu com um programa eleitoral que chamava Tarso de "manipulador" e alucinado.

    "Tem horas que vem a atitude [de ataque] e é preciso responder a ela, sob pena de ser conivente com aquilo que está sendo afirmado", disse Sartori.

    Ele citou ainda os ataques que o PT fez ainda durante o primeiro turno à candidata Ana Amélia Lemos (PP), que era favorita nas pesquisas e acabou desgastada com a troca de acusações com Tarso.

    "O debate em si poderia ter avançado um pouco mais", disse.

    Apesar das rusgas, o peemedebista elogiou a atitude de Tarso de telefonar ainda durante a apuração dos votos e se dispor a ajudar nas tarefas de transição.

    PROVOCAÇÕES AO PT

    Na noite deste domingo, a festa da vitória do PMDB, em uma das principais avenidas da região central de Porto Alegre, teve provocações aos petistas.

    Em coro, militantes da coligação vitoriosa gritaram "adeus, Tarso" e "adeus, PT". Um jingle de campanha que diz "O Tarso já vai embora" foi tocado. Uma faixa afirmava: "RS - zona livre de PT".

    Sartori foi questionado em entrevista sobre o efeito do eleitorado antipetista sobre a sua vitória e disse: "Todo mundo sabe que eu sou 'antininguém'. Acho que às vezes o PT deve ter cometido algum equívoco para construir essa aversão que passou a ser disseminada pelo país. Uma pessoa de esquerda no mínimo deve fazer uma autocrítica."

    O eleito dedicou a vitória ao senador gaúcho Pedro Simon (PMDB), que havia perdido a reeleição no início do mês e prometeu um governo "simples, honesto e eficiente".

    Não quis fazer promessas sobre medidas na área das finanças e afirmou que primeiro vai chegar ao governo para então analisar a situação.

    Sartori disse que nenhum correligionário está autorizado até dezembro a cogitar nomes para o secretariado. Mas citou em discurso Beto Albuquerque (PSB), ex-vice de Marina Silva, e afirmou que ele estará "junto na caminhada".

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