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    Vaccari diz ter pedido desligamento do Conselho de Administração de Itaipu

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    31/10/2014 18h56

    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, afirma ter comunicado na noite de quinta-feira (30) seu desligamento do Conselho de Administração de Itaipu, durante uma reunião com membros do colegiado.

    A usina informou, porém, não ter recebido nenhum pedido oficial até o momento.

    Vaccari deu sua versão por meio da assessoria de imprensa do PT. Não detalhou, no entanto, se enviou algum comunicado por escrito para sacramentar a saída.

    O Conselho de Itaipu é formado por representantes brasileiros e paraguaios.

    A assessoria de imprensa da usina acrescentou que a reunião ordinária do colegiado - com a presença dos integrantes dos dois países - ocorreu hoje de manhã e que, na ocasião, Vaccari não anunciou sua saída.

    No dia anterior aos encontros previstos no calendário oficial, os conselheiros do Brasil reúnem-se preliminarmente. Nesse caso, Vaccari teria informado sua decisão aos seu pares brasileiros.

    Alan Marques - 30.mar.2010/Folhapress
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, durante audiência pública na Câmara dos Deputados
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, durante audiência pública na Câmara dos Deputados

    A decisão, anunciada no último dia 23, foi tomada na tentativa de evitar desgastes à campanha da presidente Dilma Rousseff, que vinha sendo alvo constante de ataques dos adversários por conta do episódio na Petrobras.

    O tesoureiro é acusado de intermediar negócios entre fundos de pensão de estatais e empresas ligadas ao doleiro Alberto Youssef.

    Em depoimento após acorde de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef disseram que Vaccari intermediava os recursos desviados de obras da estatal para o partido.

    Deflagrada em março pela Polícia Federal, a Operação Lava Jato descobriu uma ação que movimentou estimados R$ 10 bilhões. Segundo a PF, uma "organização criminosa" atuava dentro da empresa.

    Por meio de sua assessoria, Vaccari afirmou que todas as doações que o PT recebe são feitas na forma da lei e declaradas à Justiça Eleitoral.

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