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    Sob suspeita, presidente da Transpetro deve pedir licença

    ANDRÉIA SADI
    DE BRASÍLIA

    03/11/2014 15h49

    Citado na Operação Lava Jato da Polícia Federal, Sergio Machado deve pedir nesta segunda-feira (3) licença da presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras no setor de logística.

    Amigos de Machado afirmaram à Folha que o afastamento ocorre após a consultoria Pricewaterhouse exigir sua demissão para continuar a auditoria na Petrobras. "Ele não tem nada a temer, quer deixar o caminho para que tudo seja investigado", afirma um peemedebista amigo de Machado.

    No auge da campanha eleitoral, Dilma Rousseff cogitou demitir Machado, indicado por Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, após o seu nome aparecer entre os citados da Lava Jato.

    Deflagrada em março pela PF, a operação descobriu um esquema de desvio de dinheiro da Petrobras que envolveu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, doleiros e fornecedores da estatal. Segundo a PF, uma "organização criminosa" atuava dentro da empresa. O esquema teria movimentado R$ 10 bilhões.

    Machado foi citado em depoimento de Costa à Justiça Federal como uma das pessoas que participavam do esquema de irregularidades na Petrobras. Paulo Roberto disse ter recebido R$ 500 mil do presidente da Transpetro. Segundo o ex-diretor, o pagamento foi referente à licitação de navios pela empresa para a área de abastecimento.

    O PMDB, no entanto, barrou a demissão. Caciques da legenda cobraram do Planalto "tratamento isonômico": se demitissem Machado, João Vaccari, tesoureiro do PT, também deveria ser afastado do conselho de Itaipu.

    Para evitar desgastes com o PMDB durante o processo eleitoral, Dilma recuou e manteve Machado. Entre as reclamações, o PMDB queria uma "saída honrosa" para Machado.

    Editoria de Arte/Folhapress

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