• Poder

    Wednesday, 01-May-2024 21:28:25 -03

    PT cobra mais diálogo com Dilma e prepara grande ato para posse

    MÁRCIO FALCÃO
    DE BRASÍLIA

    03/11/2014 16h43

    Na primeira reunião após a reeleição da Dilma Rousseff, integrantes do PT defenderam mais diálogo com a petista para a formação de seu novo mandato.

    Em reunião em Brasília nesta segunda-feira (3), a Executiva Nacional também decidiu preparar um grande ato para a posse da presidente no dia 1º de janeiro, para reforçar a ideia de que o partido conquistou uma vitória legítima nas urnas.

    No encontro, eles defenderam que o partido, prestes a completar um ciclo de 16 anos no governo, precisa retomar um discurso mais voltado à esquerda, além de se reformular para o eleitorado.

    Petistas também explicitaram o desejo de interferir mais no governo.

    "Quando a gente fala em ampliar o diálogo, é também reforçar o papel do PT no governo. A presidente já deu ao nosso presidente [Rui Falcão] status maior para participar do governo. É só aprimorar e lubrificar um pouco mais os esforços", afirmou o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

    Dilma será convidada para a reunião do Diretório Nacional do PT no fim do mês.

    Em meio à onda de protestos questionando a vitória apertada da presidente nas urnas, o PT determinou a criação de uma comissão para preparar um grande ato para a posse da reeleição.

    Serão mobilizados especialmente os movimentos sociais, numa tentativa de reeditar a posse do ex-presidente Lula em 2002.

    "Queremos fazer da posse uma grande festa popular, semelhante à de Lula em 2002. Tivemos uma vitória significativa, que teve a participação do PT, da juventude, das mulheres e dos que, embora não apoiando todas as nossas medidas, entenderam o que estava em jogo: avançar ou retroceder na linha do neoliberalismo que representava o candidato oponente", disse o presidente da sigla.

    Falcão classificou de "factoide" o pedido do PSDB para uma auditoria especial no resultado das eleições e evitou atacar as manifestações contra a reeleição de Dilma.

    "Numa democracia, os movimentos e a participação de setores da população, ainda que minoritários, é legitima. Mas nós também estamos conclamando nossa militância atos em defesa da democracia e da reforma política."

    CONGRESSO

    O PT também defendeu lançar um nome para a Presidência da Câmara, em contraposição a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pré-candidato. Os nomes e a data de anúncio da candidatura ainda serão definidos.

    No encontro, o ministro Ricardo Berozini (Relações Institucionais) lembrou as dificuldades na relação com o novo Congresso, que se tornou mais pulverizado, com 28 partidos na Câmara.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024