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    Em ato do PSD, Dilma critica oposição e diz que é preciso saber perder

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    05/11/2014 15h23

    A presidente reeleita Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (5) que, passadas as eleições, é hora de desmontar palanques e unir os partidos em torno do seu segundo mandato.

    Sem citar casos específicos, a presidente disse que qualquer "ressentimento por parte de quem perdeu" mostra incompreensão do "processo democrático".

    "Desmontar os palanques significa perceber que, em toda democracia, disputam propostas e visões as mais diferentes e isso é levado ao escrutínio popular. O povo considera o que será a proposta que ganhará majoritariamente apoio. Isso significa ter consciência do que é a democracia. Há que saber ganhar como há que saber perder", disse Dilma.

    A presidente participou de um evento no Palácio do Planalto que reuniu a cúpula do PSD em ato de apoio ao seu segundo mandato. Durante seu discurso de agradecimento, Dilma comentou o processo eleitoral e citou suas principais promessas de campanha.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Dilma conversa com Gilberto Kassab durante evento do PSD em Brasília
    Dilma conversa com Gilberto Kassab durante evento do PSD em Brasília

    Ela voltou a falar em diálogo e disse que a atitude do vencedor não pode ser de "soberba" em relação ao adversário.

    Para a presidente, é normal que as diferenças sejam ressaltadas durante as campanhas eleitorais, mas que, passado esse período, é preciso voltar a unir os partidos em prol do país, sem abrir mão das convicções e posições de cada um.

    "Nosso compromisso é mudar o ritmo da discussão. Se o nosso ritmo era de mostrar as diferenças, nós agora temos que fazer a trajetória inversa. Isso ocorre em qualquer democracia moderna no mundo", disse.

    Em uma sinalização de que pretende melhorar sua relação com o Congresso, Dilma afirmou que o embate político baseado no diálogo será feito na Câmara e no Senado.

    "Temos que dialogar com todos os setores. Com os movimentos sociais, com as centrais sindicais, enfim, temos que ter abertura para a conversa. E o espaço privilegiado de articulação política é o Congresso", disse.

    ECONOMIA

    Durante seu discurso, Dilma afirmou que a aceleração do crescimento da economia será uma das principais metas do seu segundo governo. A fala é uma tentativa de acalmar o mercado, no momento em que a sucessão do comando do Ministério da Fazenda é aguardada por todo o setor financeiro.

    "Quero dizer quais são os principais pontos para essas mudanças em termos de metas: aceleração do crescimento, combate à inflação, preservação da responsabilidade fiscal, continuidade da expansão do emprego e da renda e da inclusão social. É em cima desses pontos mais simples que se dá o nosso processo", disse.

    Ao final do evento, Dilma afirmou que só anunciará quem substituirá o ministro Guido Mantega após a reunião do G20, que acontecerá na Austrália em 15 e 16 de novembro. A presidente disse ainda que não escolheu o nome que ocupará o cargo.

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