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    Dilma Rousseff afirma que irá apertar controle da inflação e cortar gastos

    IGOR GIELOW
    DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    06/11/2014 16h53

    A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (6) que o governo vai "ter de fazer o dever de casa" e apertar o controle da inflação.

    Em entrevista a oito jornalistas dos principais jornais do país, ela sinalizou que o controle será feito por meio de cortes de despesas e não necessariamente só com o aumento das taxas de juros.

    "Sempre haverá gastos para cortar", afirmou a presidente, para quem "há limites dados" pelas restrições fiscais. "Vamos ter de apertar o controle da inflação", disse ela. Em seguida, reconheceu: "Nós temos problema interno com a inflação".

    Na conversa com jornalistas, Dilma prometeu combater a alta de preços, mas se recusou a falar sobre juros. Apenas adiantou que "não pretende mexer nos intervalos de tolerância da meta de inflação", tampouco no seu centro, de 4,5%.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Dilma Rousseff durante entrevista para jornalistas nesta quinta-feira (6)
    Dilma Rousseff durante entrevista para jornalistas nesta quinta-feira (6)

    A presidente negou que o reconhecimento da necessidade de um ajuste para retomar o crescimento da economia configure estelionato eleitoral, como acusa a oposição, até porque, diz ela, a visão de corte de gasto da oposição "é similar àquela ideia maluca de choque de gestão", outra bandeira do PSDB para reduzir despesas com a máquina pública.

    Para Dilma, não há "receita prontinha" para recolocar o PIB (Produto Interno Bruto) nos trilhos. Mas prometeu "não desempregar" no Brasil com a fórmula que adotará para reverter a desaceleração. "Temos que fazer ajustes em várias coisas, não é só cortar gastos", afirmou Dilma, recusando-se a dar mais detalhes.

    Mais uma vez, ela não quis antecipar seu novo ministro da Fazenda, apenas se comprometeu a anunciar sua futura equipe econômica após voltar da Austrália (15 e 16 de novembro).

    "Os emergentes têm ainda espaço para voltar a crescer", avaliou, sem deixar de avaliar que um quadro mais permanente de queda no preço das commodities internacionais afetará "feio" a América Latina. "A minha esperança é que o Brasil terá uma recuperação. Enquanto isso, espero que o mundo também tenha."

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