O comitê da presidente Dilma Rousseff (PT) encaminhou ajuda financeira no dia do primeiro turno e depois da disputa para pelo menos oito candidatos aliados.

O total dos repasses soma R$ 280 mil, de acordo com dados da Justiça Eleitoral divulgados nesta semana. Além de petistas, também foram beneficiados o PTB e o PDT.

Até o primeiro turno, o comitê de Dilma doou a R$ 17,9 milhões a 91 candidaturas.

Esses gastos podem incluir despesas em eventos casados da campanha nacional com as estaduais ou material de propaganda que mostrava a presidente com os candidatos locais. Também podem ser um socorro financeiro.

No dia do primeiro turno, quando não é mais permitida propaganda, Rogério Santos (PT-SE), que perdeu a disputa pelo Senado, recebeu R$ 105 mil do comitê de Dilma.

Onze dias após ser derrotado na corrida ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro, do PTB, teve R$ 53 mil.

Ele, que tinha apoio de Dilma e do PT, entregou sua prestação de contas com um dos maiores deficits do país. Monteiro gastou R$ 4,8 milhões além do que arrecadou.

Segundo sua assessoria, o valor se refere a material gráfico produzido pela aliada e não houve repasses em dinheiro para sua equipe.

O mesmo é dito pelo candidato petista ao governo do Espírito Santo, Roberto Carlos, também não eleito. O comitê de Dilma enviou R$ 22 mil dias após o primeiro turno.

O repasse após o fim da votação é legal, já que os partidos têm o prazo de um mês a partir do fim da campanha para arrecadar recursos e entregar a prestação de contas.

Em Santa Catarina, os petistas Claudio Vignatti, que disputou o governo, e Milton Mendes, que tentava o Senado, tiveram R$ 24 mil cada um.

Em São Paulo, consta doação a um postulante a deputado federal pelo PDT que não se elegeu. As demais doações foram aos candidatos ao Senado Geraldo Magela (PT-DF), que foi derrotado, e Acir Gurgacz (PDT-RO), que se elegeu.