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    Lava Jato

    Sessão da CPI da Petrobras termina com gritaria e nenhuma convocação

    GABRIEL MASCARENHAS
    DE BRASÍLIA

    11/11/2014 18h11

    A reunião da CPI da Petrobras desta terça-feira (11) terminou em gritaria e acusações da oposição depois que a sessão foi encerrada sem que novos depoentes tivessem sido convocados.

    Parlamentares do DEM e do PSDB queriam aproveitar o quórum presente após audiência com gerente de contratos da Petrobras, Edmar Figueiredo, para aprovar novas convocações de pessoas a serem ouvidas pela comissão.

    Eles nem chegaram a fazer perguntas a Figueiredo, argumentando que ele não participava dos processos decisórios da estatal.

    Os opositores pediram a Vital do Rêgo (PMDB), presidente da comissão, para pôr em votação um requerimento determinando a abertura de uma reunião extraordinária imediatamente após a oitiva de Figueiredo. Como já se iniciava sessão plenária do Senado, Vital encerrou a reunião, argumentando que as comissões, inclusive CPIs, não podem realizar votações enquanto houver votação no plenário da Casa.

    A oposição tentou ainda solicitar que sessão da CPI fosse apenas suspensa, para que os trabalhos fossem retomados após a sessão plenária. Vital não cedeu e se retirou da sala.

    Os deputados Julio Delgado (PSB-MG), Rubens Bueno (PPS-PA) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) levantaram-se e, extremamente irritados, aos gritos, acusaram o presidente da CPI de desrespeitá-los.

    Os protestos acalorados continuaram fora da sala.

    Vital do Rêgo estava dando uma entrevista, citando o artigo do regimento interno que amparou sua decisão, quando foi interrompido por Bueno, Onyx e Carlos Sampaio (PSDB-SP).

    Atrás de Vital, o trio voltou a gritar, em frente às câmeras. Exaltado, Bueno repetia: "Isso é a desmoralização do Congresso Nacional, é uma vergonha, que o senador Vital tem que assumir. É uma farsa que está sendo montada, não pode fugir, não".

    De acordo com o deputado do PPS, o presidente da CPI resolveu finalizar a sessão quando o líder do PT, Humberto Costa (PE), foi até à sala da comissão avisar sobre o início da sessão no plenário.

    Costa foi um dos parlamentares da base aliada que, até então, ainda não haviam marcado presença na reunião do colegiado.

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