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    Cunha na Presidência da Câmara não traria problema ao governo, diz Temer

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    12/11/2014 13h58

    Davi Ribeiro - 16.out.2014/Folhapress
    O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pré-candidato a presidente da Câmara em 2015
    O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pré-candidato a presidente da Câmara em 2015

    O presidente em exercício Michel Temer minimizou nesta quarta-feira (12) os impactos da possível eleição do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), para a Presidência da Casa no ano que vem. Ele é tido como um problema para o Planalto por já ter liderado algumas derrotas impostas ao governo.

    Para Temer, no entanto, uma possível eleição de Cunha não traria problemas para a governabilidade do segundo mandato de Dilma Rousseff.

    "Não, não traz não [problemas]. Acima de todos nós, acima de mim, do presidente da Câmara, do Senado, de todos os Poderes está a Constituição. A Constituição determina a harmonia entre os poderes. Quem for eleito estará harmonizando a atividade do Legislativo com o Executivo", disse.

    Questionado sobre a sucessão na Câmara, Temer não quis comentar o processo e disse que isso cabe apenas ao Congresso.

    "O que eu tinha pra falar eu já falei. Eu não falo mais sobre isso. Esta é uma matéria do Congresso Nacional. E a Câmara e o Senado decidirão da melhor maneira porque é competência do Congresso", disse.

    APROXIMAÇÃO

    Temer se reuniu na manhã de hoje com oito deputados do PMDB considerados como integrantes da ala rebelde do partido na Câmara. O encontro durante um café da manhã serviu para que Temer, que também é presidente nacional do partido, se aproximasse dos parlamentares que não o apoiaram durante as eleições.

    Segundo Temer, ele e os deputados conversaram sobre a unidade partidária e sobre a proposta que altera a meta do superavit para este ano.

    "Estamos cuidando não só de promover a unidade absoluta do PMDB, de um lado, e de outro tratei também um pouco da meta do superavit, que é um assunto que vai ficar para o Congresso", disse, ao chegar no Palácio do Planalto.

    Diante da impossibilidade de cumprir a meta de economia de gastos para pagamento da dívida pública neste ano, o governo encaminhou ao Congresso projeto de lei aumentando o limite de abatimento do superavit primário com gastos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e desonerações concedidas em 2014.

    Participaram do café da manhã os deputados Danilo Forte (PMDB-CE), Osmar Terra (PMDB-RS), João Arruda (PMDB-PR), Geraldo Resende (PMDB-MS), Hugo Motta (PMDB-PB), Leonardo Picciani (PMDB-RJ), Fernando Jordão, Marcelo Castro (PMDB-PI) e Alberto Filho (PMDB-PR).

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