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    SP 'sente agruras' de dificuldades que Brasil enfrenta na economia, diz Marta

    CÁTIA SEABRA
    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    12/11/2014 22h39

    A ex-ministra da Cultura Marta Suplicy disse nesta quarta-feira (12) que o Estado de São Paulo é impactado pelas dificuldades econômicas que o Brasil enfrenta.

    "Sou paulista e São Paulo sente as agruras dessas dificuldades econômicas que o Brasil está vivendo. E eu sou senadora pelo Estado de São Paulo", disse, em entrevista à GloboNews.

    Na carta de demissão enviada à Presidência para se desligar da pasta, Marta fez uma crítica velada à condução da economia: disse esperar que a presidente escolha uma equipe econômica independente e experiente para resgatar a credibilidade do governo.

    À GloboNews, disse ainda que que continua apoiando Dilma.

    Sérgio Lima/Folhapress
    A ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, que entregou na última terça-feira (11)
    A ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy, que entregou na última terça-feira (11)

    Sua saída do primeiro escalão do governo já era esperada pois foi porta-voz do "volta Lula" –movimento interno do PT que defendeu a candidatura do ex-presidente no lugar da mandatária atual.

    A saída ruidosa de Marta gerou especulações. Membros da cúpula do PT de São Paulo avaliam que ela criou um "fato político desnecessário" ao antecipar uma disputa interna para as eleições de 2016.

    Marta sinalizou a aliados que, caso não seja a candidata à prefeitura paulistana, poderá deixar o PT e disputar contra Fernando Haddad.

    As apostas quanto ao destino de Marta giram em torno do PMDB. Ex-presidente do Jockey Club de São Paulo e marido da petista, o empresário Márcio Toledo tem bom trânsito no partido, principalmente com o vice-presidente da República, Michel Temer.

    Apesar de isolada, Marta tem respaldo da militância petista e se apoia nisso quando reivindica algo junto a Lula. Para interlocutores do ex-presidente, porém, ele deve tentar contornar a saída de Marta, mas não esticará a corda a ponto de abrir mão da reeleição de Haddad.

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