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    Lava Jato

    Entenda a Operação Lava Jato, da Polícia Federal

    DE SÃO PAULO

    14/11/2014 09h49

    Com início em um posto de gasolina –de onde surgiu seu nome–, a Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, investiga um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e políticos.

    Uma das primeiras prisões foi a do doleiro Alberto Youssef, 47. Criado em Londrina, foi vendedor de pastel e contrabandista de eletrônicos do Paraguai antes de virar doleiro. Foi preso nove vezes. Uma delas, pela participação no chamado caso Banestado, maior escândalo já investigado no Brasil sobre remessas ilegais de dinheiro.

    Três dias depois, houve a prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras. Costa era investigado pelo Ministério Público Federal por supostas irregularidades na compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, no Texas, em 2006. Ele passou a ser investigado pela PF após ganhar, em março de 2013, um carro de luxo de Youssef.

    Após as prisões, uma série de vínculos entre o doleiro, o ex-diretor da Petrobras, empreiteiras e políticos é revelada. O primeiro a ser atingido é o deputado federal André Vargas (ex-PT-SP) que, como a Folha revelou, pegou carona de jatinho com Youssef.

    Tanto Costa quanto Youssef assinaram com o Ministério Público Federal acordos de delação premiada para explicar detalhes do esquema e receber, em contrapartida, alívio das penas. Um ano após o início da Lava Jato, já são 17 os delatores do esquema.

    Em seu depoimento, o ex-diretor da Petrobras afirmou que havia um esquema de pagamento de propina em obras da estatal por parte de empreiteiras, e que o dinheiro abastecia o caixa de partidos como PT, PMDB e PP.

    Em novembro de 2014, a Polícia Federal deflagrou uma nova fase da Lava Jato, que envolveu buscas em grandes empreiteiras como a Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e outras sete companhias.

    O juiz federal do Paraná Sérgio Moro é responsável pelas ações penais nos casos que não envolvem políticos –que possuem foro privilegiado e, por isso, são investigados pelo STF. O magistrado é referência no julgamento de crimes financeiros.

    Nesse contexto de pressões da operação e de dificuldades para estimar os prejuízos da corrupção à Petrobras, a presidente da empresa, Graça Foster, e outros cinco diretores são demitidos. Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, assume a presidência da estatal.

    Em janeiro de 2015, a Justiça Federal do Paraná começa a ouvir os primeiros depoimentos de testemunhas de acusação: Paulo Roberto Costa, os executivos ligados à Toyo Setal, Venina Velosa Fonseca, funcionária da Petrobras que afirmou às autoridades ter avisado a então presidente da estatal Graça Foster sobre as irregularidades na petrolífera, entre outros.

    No dia 3 de março de 2015, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao STF uma lista com 28 pedidos de inquéritos de políticos envolvidos com o esquema de corrupção na Petrobras.

    Relator dos processos relativos à Operação Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki autorizou a abertura de todas as investigações. São 50 políticos de seis partidos: PT, PSDB, PMDB, PP, SD e PTB. Ele também acatou sete pedidos de arquivamento, incluindo um inquérito sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que concorreu à Presidência em 2014.

    Janot também afirmou, em seu relatório ao STF, que não havia elementos na apuração para abrir uma investigação contra a presidente Dilma Rousseff (PT), mas determinou a abertura de um inquérito sobre a arrecadação de recursos para sua campanha em 2010.

    A lista de investigados inclui 50 nomes, entre eles os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Posteriormente, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) foi incluído.

    No STJ (Superior Tribunal de Justiça), são investigados os governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Tião Viana (PT-AC).

    Editoria de Arte/Folhapress

    -

    CRONOLOGIA

    2014

    17.mar
    Polícia Federal deflagra a Operação Lava Jato em seis Estados e no DF. Dezessete pessoas são presas, entre elas, Alberto Youssef, doleiro suspeito de comandar o esquema.

    20.mar
    Diretor de abastecimento da Petrobras de 2004 a 2012, Paulo Roberto Costa é preso pela PF sob a suspeita de destruir e ocultar documentos. Costa passou a ser investigado após ganhar, em março de 2013, um carro de luxo do doleiro Alberto Youssef.

    22.mar
    Folha revela que Youssef disse ter recebido 12 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, sem detalhar se o valor era em dólar ou real.

    27.mar
    Folha revela que um diretor do Ministério da Saúde é suspeito de ter ajudado a Labogen, empresa controlada por Youssef, a firmar parceria de R$ 31 milhões com a pasta para a produção de medicamentos. A parceria foi suspensa, sem que qualquer valor tivesse sido pago, após o caso vir à tona

    1º.abr
    Folha revela que o então vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), usou um jatinho emprestado por Youssef para fazer uma viagem de férias com a família.

    Beto Barata - 2.abr.2014/Folhapress
    O deputado André Vargas no plenário da Câmara
    O deputado André Vargas no plenário da Câmara

    3.abr
    Sócio de Youssef afirma que o contrato da Labogen com o Ministério da Saúde foi obtido graças à influência de André Vargas (PT-PR).

    5.abr
    Laudo da PF obtido pela Folha mostra que nove fornecedores da Petrobras depositaram R$ 34,7 milhões na conta de uma empresa de fachada controlada por Youssef. Parte desses fornecedores têm contratos na refinaria de Abreu e Lima (PE).

    9.abr
    André Vargas renuncia ao cargo de vice-presidente da Câmara. Conselho de Ética da Casa abre processo de cassação contra o deputado.

    11.abr
    Em um desdobramento da Operação Lava Jato, PF amplia investigações sobre negócios suspeitos da Petrobras e faz operação de busca e apreensão na sede da estatal, no Rio.

    12.abr
    Planilha apreendida pela PF na casa de Paulo Roberto Costa levanta a suspeita de que ex-diretor intermediava repasses de empreiteiras para políticos.

    15.abr
    PF indicia Costa, Youssef e outros 44 na Operação Lava Jato.

    18.abr
    Planilha apreendida no escritório de Youssef registra repasse de R$ 31 milhões por dois consórcios e uma empresa a firmas controladas pelo doleiro.

    23.abr
    Justiça aceita denúncia contra Youssef e seis investigados na Lava Jato.

    25.abr
    Justiça aceita denúncia contra Paulo Roberto Costa por suspeitas de desvios de recursos da refinaria Abreu e Lima (PE).

    5.mai
    Investigação da PF aponta que Youssef também fez favores a outro deputado federal, Luiz Argôlo (SD-BA).

    14.mai
    Sob controle de aliados do Planalto, CPI da Petrobras é instalada no Senado

    15.mai
    Conselho de Ética da Câmara instaura processos para cassar Luiz Argôlo (SD-BA)

    19.mai
    Por decisão do ministro do STF Teori Zavascki, Paulo Roberto Costa é solto

    28.mai
    Após pressão da oposição, é criada a CPI mista (com participação de deputados e senadores) da Petrobras. Vital do Rêgo (PMDB-PB) é o presidente da comissão

    1.jun
    Na única entrevista que deu após sua primeira prisão, à Folha, Costa negou que houvesse superfaturamento e suborno em contratos da Petrobras

    11.jun
    Justiça volta a decretar a prisão de Paulo Roberto Costa por ele ter ocultado que controlava contas na Suíça com saldo de US$ 23 milhões.

    3.jul
    Justiça encaminha ao STF provas que apontam relação entre Youssef e o senador Fernando Collor (PTB-AL), que teria recebido dinheiro do doleiro.

    22.ago
    Paulo Roberto Costa aceita fechar acordo de delação premiada com procuradores que atuam na Operação Lava Jato para deixar a prisão.

    6.set
    Em depoimento à Justiça, Paulo Roberto Costa afirma que 12 senadores, 49 deputados federais e pelo menos um governador receberam dinheiro desviado da estatal, segundo apuração da Folha. O ex-diretor da Petrobras apontou políticos de três partidos: PT, PMDB e PP. Um dos citados no depoimento é o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto

    Segundo a revista "Veja", Paulo Roberto Costa cita pelo menos 25 deputados federais, 6 senadores, 3 governadores, um ministro e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP) que teriam tirado proveito de parte do dinheiro desviado dos cofres da Petrobras

    23.set
    Youssef decide fazer acordo de delação para tentar abrandar sua situação na Justiça. Dois dias depois, presta seu primeiro depoimento

    1º.out
    Como parte do acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa é solto e volta para sua casa no Rio, onde passa a cumprir prisão domiciliar

    Ricardo Borges/Folhapress
    Paulo Roberto Costa desembarca no Rio escoltado pela PF
    Paulo Roberto Costa desembarca no Rio escoltado pela PF

    2.out
    Reportagem da Folha mostra que um consórcio liderado pela empreiteira Camargo Corrêa repassou R$ 37,7 milhões a empresas de fachada de Alberto Youssef

    8.out
    Ex-contadora de Youssef, Meire Poza afirma à CPI mista da Petrobras que o doleiro tinha negócios com o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte. Ela também diz que o presidente do Senado, Renan Calheiros, negociou R$ 25 milhões do Postalis, fundo de pensão dos Correios ligado ao PMDB, para financiar um negócio do doleiro.

    16.out
    Folha revela que Paulo Roberto Costa disse, em seu depoimento, que repassou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para que ajudasse a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito criada para investigar a Petrobras em 2009.

    24.out
    Segundo a revista "Veja", Youssef afirmou em depoimento que Dilma e Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras. A reportagem é divulgada dois dias antes do segundo turno da eleição presidencial.

    28.out
    Executivo Julio Camargo, da empresa Toyo-Setal, fecha acordo de delação premiada com procuradores da Lava Jato.

    29.out
    Conselho de Ética aprova cassação de Luiz Argôlo (SD-BA).

    4.nov
    Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da Toyo Setal, assina acordo de delação premiada.

    14.nov
    Em mais uma etapa da Lava Jato, Justiça expede 27 mandados de prisão. A ação da PF atinge dez empresas, entre elas gigantes como a Camargo Côrrea e a OAS. Também foi preso o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque.

    Em depoimento, o executivo Augusto Mendonça Neto afirma que havia um "clube da propina" de empreiteiras com a Petrobras, liderado pelo empresário Ricardo Ribeiro Pessoa, sócio da UTC Engenharia.

    16.nov
    Ministério Público Federal fecha com o grupo Setal o primeiro acordo de delação premiada com empresas envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras.

    17.nov
    Em depoimento à PF, o diretor de Óleo e Gás da Galvão Engenharia, Erton Medeiros Fonseca, afirma que aceitou pagar propina ao esquema de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef após ser extorquido pelos dois. Ele disse que o destino do dinheiro foi o PP.

    José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento que substituiu Paulo Roberto Costa na Petrobras, aparece em depoimento à PF. A suspeita é que ele teria recebido comissões de empresas ligadas à estatal.

    Ricardo Borges - 17.nov.14/Folhapress
    Os diretores da Petrobras e a presidente da estatal, Graça Foster, concedem entrevista coletiva no Rio de Janeiro
    Os diretores da Petrobras e a presidente da estatal, Graça Foster, concedem entrevista coletiva no Rio de Janeiro

    18.nov
    Cade negocia acordo de leniência com empresa Toyo-Setal. O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Jorge Hage, afirma que empresas também o procuraram para propostas semelhantes.

    Justiça estende a prisão de cinco executivos e do ex-diretor da Petrobras Renato Duque. Outros 11 presos foram liberados. O lobista Fernando Baiano, suspeito de negociar propina para o PMDB, é preso.

    19.nov
    PF diz que errou ao citar nome de José Carlos Cosenza, diretor de Abastecimento da Petrobras, em depoimentos.

    25.nov
    Alberto Youssef presta seu último depoimento da delação premiada à PF.

    2.dez
    Paulo Roberto Costa depõe à CPI mista da Petrobras em encontro de acareação com o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O delator disse que chegou a ficar "enojado" com o que ocorria na estatal e que a corrupção está espalhada pelo país.

    Após a sessão, Costa confidenciou a dois deputados o número de políticos que citou em depoimento. Um dos que ouviu o dado foi Julio Delgado (PSB-MG). "Eu perguntei: como é isso, quantos são?'. Ele me disse que são de 35 a 40 do PP, PMDB e PT."

    3.dez
    Folha noticia que o executivo Augusto Mendonça Neto afirmou em depoimento que parte da propina paga para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque eram "doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores". O ex-presidente Lula diz que afirmação do empresário é "fantasiosa".

    Já Julio Camargo, também da Toyo Setal, afirma em depoimento que diz ter pago R$ 137 milhões em propina, mas nega que tenha feito doações eleitorais como pagamento de propina.

    Renato Duque é solto pela PF após decisão do STF.

    8.dez
    A revista "Época" revela que José Dirceu recebeu R$ 886 mil da empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, por serviços como "análise de aspectos sociológicos e políticos do Brasil", "assessoria na integração dos países da América do Sul" e "palestras e conferências internacionais".

    9.dez
    PF indicia lobista e 12 executivos de empreiteiras na Operação Lava Jato.

    10.dez
    Câmara dos Deputados cassa o mandato de André Vargas (ex-PT-PR).

    11.dez
    Procuradoria denuncia 36 pessoas por lavagem de dinheiro, corrupção e formação de organização criminosa em esquema na Petrobras. Segundo a acusação, o cartel de empreiteiras atuou até 14 de novembro deste ano, quando foram presos executivos na Operação Lava Jato. O Ministério Público pede a devolução de R$ 1,5 bilhão aos acusados.

    12.dez
    Jornal "Valor Econômico" revela que uma ex-gerente da diretoria de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, já havia alertado diretoria da estatal sobre desvios. Fonseca teria enviado e-mails entre 2009 e 2014 para a presidente da empresa, Graça Foster e o atual diretor de Abastacimento, José Carlos Cosenza.

    Reprodução
    Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente da diretoria de Abastecimento
    Venina Velosa da Fonseca, ex-gerente da diretoria de Abastecimento

    Justiça Federal do Paraná acolhe denúncias e Yousef e mais oito pessoas tornam-se réus na Operação Lava Jato.

    15.dez
    Procuradoria oferece denúncia contra mais quatro envolvidos na Operação Lava Jato: o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró; o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano; o doleiro Alberto Youssef; e o executivo Júlio Camargo, da Toyo Setal. Os procuradores pedem que os acusados sejam condenados ao pagamento de cerca de R$ 300 milhões a título de devolução do valor das propinas e de indenização pelos prejuízos causados à Petrobras.

    Justiça do Paraná acolhe denúncias e mais 10 executivos de duas empreiteiras tornam-se réus –são 19 no total até este momento.

    16.dez
    Em sua terceira nota de esclarecimento, Petrobras diz que Graça Foster só foi alertada pela ex-gerente Venina Velosa da Fonseca em 2014, após ser demitida.

    Justiça Federal do Paraná aceita denúncias contra mais 17 acusados na Operação Lava Jato, dentre os quais Ricardo Ribeiro Pessoa, sócio-proprietário da UTC Engenharia, e dirigentes da Camargo Corrêa e da Mendes Júnior, algumas das principais empreiteiras do país. São 36 réus no total até este momento.

    17.dez
    Justiça Federal do Paraná aceita mais três denúncias, contra Nestor Cerveró, Julio Camargo e Fernando Baiano. São 39 réus no total até este momento.

    18.dez
    CPI da Petrobras aprova relatório oficial pedindo o indiciamento de 52 pessoas, mas nenhum político.

    19.dez
    O jornal "Estado de S. Paulo" revela lista de 28 políticos citados na delação premiada de Paulo Roberto Costa. Entre os citados, há nomes novos como o do ex-ministro de Dilma e Lula Antonio Palocci. Segundo o jornal, Costa afirmou ter recebido pedido de R$ 2 milhões de Palocci para a campanha presidencial de Dilma.

    A ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca depõe ao Ministério Público Federal. Segundo seu advogado, Venina apresentou documentos e alegações que confirmam que a presidente da empresa, Graça Foster, sabia das irregularidades na estatal desde 2007.

    22.dez
    A presidente da Petrobras, Graça Foster, admite que encontrou Venina, mas diz que não foi omissa. "Venina nunca fez nenhuma denúncia usando as palavras conluio, cartel, corrupção, fraude e lavagem de dinheiro. A Venina nunca fez nenhuma denúncia na diretoria sobre essas questões. Ela nunca falou nesses termos. Eram e-mails truncados, cifrados e muito misturados", disse Graça, em entrevista à Folha e ao jornal "O Globo".

    30.dez
    Petrobras suspende negócios com 23 fornecedoras citadas na Lava Jato. Segundo a estatal, elas "serão temporariamente impedidas de serem contratadas e de participarem de licitações da estatal". As fornecedoras são: Alusa (atual Alumni), Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Carioca Engenharia, Construcap, Egesa, Engevix, Fidens, Galvão Engenharia, GDK, Iesa, Jaraguá Equipamentos, Mendes Junior, MPE, OAS, Odebrecht, Promon, Queiroz Galvão, Setal, Skanska, Techint, Tomé Engenharia e UTC.

    2015

    1.jan
    Em seu discurso de posse para o segundo mandato presidencial, Dilma Rousseff (PT) dedica parte de sua fala à Petrobras, dizendo que é necessário proteger a estatal de "predadores internos" e "inimigos externos". A presidente da empresa, Graça Foster, esteve presente na cerimônia.

    5.jan
    Folha revela que uma auditoria interna da Petrobras sobre o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) apontou que a estatal comprou equipamentos antes de definir o modelo de negócio e a estrutura de produção da refinaria, o que gerou um prejuízo de mais de R$ 1 bilhão. Os ex-diretores Renato Duque e Paulo Roberto Costa afirmam que as contratações foram aprovadas em escalões superiores da estatal.

    7.jan
    O deputado federal Eduardo Cunha vira alvo da Procuradoria na Lava Jato e terá uma investigação a seu respeito pedida pelo Ministério Público Federal ao STF. Ele é suspeito de ter recebido dinheiro do esquema por meio do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", que atuaria como um dos funcionários do doleiro Alberto Youssef. Cunha diz ver motivação política no vazamento da informação –ele é candidato na disputa pela presidência da Câmara.

    Editoria de Arte/Folhapress

    8.jan
    No mesmo depoimento que envolveu Eduardo Cunha, o policial Jayme Alves de Oliveira Filho, o "Careca", também citou o senador mineiro Antônio Anastasia (PSDB). O policial disse que entregou R$ 1 milhão ao então candidato a governador a mando do doleiro Alberto Youssef em 2010. Anastasia disse estar indignado e que quer acareação com a Polícia Federal. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), também se pronuncia em defesa do aliado.

    13.jan
    Petrobras escolhe novo diretor para a área de Governança, Risco e Conformidade, cuja criação foi anunciada por Graça Foster em novembro. O engenheiro João Adalberto Elek Junior, 56, foi eleito em reunião do Conselho de Administração da companhia e terá mandato de três anos, que poderá ser renovado.

    14.jan
    Ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró é preso pela PF no Rio ao desembarcar de Londres, no aeroporto internacional do Galeão, no Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal informou que pediu a prisão preventiva "porque há fortes indícios de que Cerveró continua a praticar crimes, como a ocultação do produto e proveito do crime no exterior, e pela transferência de bens (valores e imóveis) para familiares. Além disso, há evidências de que ele buscará frustrar o cumprimento de penalidades futuras".

    Daniel Derevecki - 14.jan.14/Reuters
    Nestor Cerveró é escoltado por policial armado na sede do IML em Curitiba
    Nestor Cerveró é escoltado por policial armado na sede do IML em Curitiba

    20.jan
    O deputado federal Eduardo Cunha, candidato à presidência da Câmara, diz ter ouvido de agente que a PF forjou áudio para incriminá-lo.

    21.jan
    São divulgados os termos da delação premiada do doleiro Alberto Youssef. Ele se comprometeu a devolver pelo menos R$ 1,8 milhão em espécie, hotéis e imóveis registrados em seu nome, além de todo o dinheiro encontrado em contas pessoais e de suas empresas em troca do abrandamento de suas penas –que chegarão, ao máximo, a cinco anos.

    22.jan
    O juiz Sergio Moro decreta prisão preventiva do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que já estava encarcerado desde o dia 14. No despacho, ele abre partes da delação de Paulo Roberto Costa, que revela que recebeu US$ 1,5 milhão para não atrapalhar a compra da refinaria de Pasadena –transação cujo prejuízo é estimado em US$ 792 milhões.

    28.jan
    Após dois adiamentos, o balanço do terceiro trimestre da Petrobras é divulgado, que mostra que o lucro da empresa caiu 38% e não inclui as perdas com corrupção. A presidente da empresa, Graça Foster, afirma que a estimativa desses prejuízos é de R$ 88, 6 bilhões. Esse cálculo enfurece a presidente Dilma Rousseff.

    1.fev
    Em entrevista à Folha, o empresário Leonardo Meirelles, que foi sócio de Alberto Youssef, diz que o doleiro tem patrimônio oculto e sociedades com empreiteiras que não foram declaradas no acordo de delação premiada que fez com procuradores. Segundo o empresário, o doleiro teria de R$ 150 milhões a 200 milhões, e não cerca de R$ 50 milhões, como está no acordo. O adovgado de Youssef refuta as afirmações do ex-sócio.

    3.fev
    Dilma Rousseff decide tirar Graça Foster do comando da Petrobras. Em reunião, as duas estabelecem um cronograma de saída de toda a diretoria da estatal.

    4.fev
    Diferentemente do combinado no dia anterior, Graça Foster e cinco diretores da Petrobras decidem renunciar imediatamente aos cargos.

    5.fev
    A Polícia Federal deflagra mais uma etapa da Operação Lava Jato. Leva o tesoureiro do PT, João Vaccari, para depor, e tenta cumprir 62 mandados -um de prisão preventiva, no Rio, três de temporária, em Santa Catarina, 18 conduções coercitivas e 40 de busca e apreensão. Essa nova fase tem como foco o pagamento de propinas na diretoria de Serviços da Petrobras e na BR Distribuidora.

    Lalo de Almeida/Folhapress
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, chega à sede da Policia Federal em São Paulo para prestar depoimento
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, chega à sede da Policia Federal em São Paulo para prestar depoimento

    O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), novo presidente da Câmara dos Deputados, autoriza a criação de nova CPI da Petrobras na Casa.

    Em depoimento à Justiça Federal do Paraná, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco estima que o PT tenha recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões entre 2003 e 2013 de propina retirada dos 90 maiores contratos da Petrobras. Barusco afirma que o tesoureiro do partido teve "participação" no recebimento desse suborno, ficando com US$ 4,5 milhões.

    Barusco também disse ter recebido US$ 1 milhão da Odebrecht, que não tem executivos presos até o momento. Também afirma que recebia suborno na estatal desde 1997, quando o país era governado por Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

    Paulo Araújo/Ag. O Dia
    O ex-gerente de engenharia da Petrobras Pedro Barusco Filho
    O ex-gerente de engenharia da Petrobras Pedro Barusco Filho

    6.fev
    O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, é escolhido por Dilma Rousseff para substituir Graça Foster na presidência da Petrobras.

    11.fev
    O empresário Shinko Nakandakari, suspeito de intermediar o repasse de propina de empreiteiras em obras da Petrobras, fecha acordo de delação premiada com procuradores que atuam no caso

    Editoria de Arte/Folhapress

    12.fev
    Sergio Moro derruba o sigilo de 63 depoimentos das delações premiadas de Youssef e Paulo Roberto Costa.

    Em um deles, Youssef diz que repassou R$ 800 mil em propinas ao PT por meio do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. O suborno era resultante de um contrato da Toshiba com a Petrobras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

    Outra afirmação do doleiro é a de que o ex-ministro José Dirceu (PT), preso por participação no mensalão, tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.

    Em um depoimento de Paulo Roberto Costa, ele diz que ouviu de um lobista que o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) recebeu R$ 400 mil de uma empresa chamada Sargeant Marine, da Flórida (EUA).

    14.fev
    Revista "Veja" revela que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teve ao menos três encontros com advogados de empreiteiras da Operação Lava Jato. Uma delas, a Odebrecht, recorreu a ele em busca de munição para questionar a legalidade de provas obtidas na Suíça pelos procuradores da Operação Lava Jato.

    Editoria de arte/ Folhatress

    20.fev
    Na primeira entrevista de seu segundo mandato, Dilma Rousseff afirma que, se os casos de corrupção na Petrobras tivessem sido investigados na década de 1990, quando o país era governado pelo PSDB, os desvios na estatal poderiam ter sido estancados e não teriam se perpetuado por tanto tempo.

    Ministério Público cobra R$ 4,5 bilhões de empreiteiras em ação de improbidade administrativa.

    24.fev
    Folha revela que o doleiro Alberto Youssef detalhou, em depoimento, esquema de propina que teria rendido R$ 3 milhões ao senador Fernando Collor (PTB-AL).

    25.fev
    Procuradores federais vão ao TCU (Tribunal de Contas da União) contra acordos de leniência –espécie de delação premiada para empresas– da CGU (Controladoria-Geral da União) na Lava Jato.

    Comissão de Ética da Presidência da República decide que o ministro Cardozo deve explicar seus encontros advogados de empreiteiras envolvidas com corrupção na Petrobras

    26.fev
    Tem início a nova CPI da Petrobras, com a presidência de Hugo Motta (PMDB-PB) e relatoria de Luiz Sérgio (PT-RJ)

    27.fev

    Dois executivos da Camargo Corrêa fecham acordo de delação: o presidente da empreiteira, Dalton Avancini, e o vice-presidente Eduardo Leite. São os primeiros integrantes de uma empreiteira de grande porte que decidem colaborar com as investigações.

    Editoria de Arte/Folhapress

    28.fev
    Documentos encontrados pela PF na casa e nos escritórios do empresário Mario Goes, apontado como operador do esquema de corrupção na Petrobras, mostram que ele recebeu R$ 39,6 milhões das empresas Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, OAS, Odebrecht e UTC entre 2006 e 2014.

    3.mar
    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, remete ao STF (Supremo Tribunal Federal) 28 inquéritos envolvendo 54 pessoas, incluindo políticos, que foram citados em depoimentos da Operação Lava Jato.

    6.mar
    O ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, aceita a abertura dos inquéritos. Ele também tira o sigilo dos processos, revelando o nome dos 50 investigados. O ministro acatou ainda sete pedidos de arquivamento.

    12.mar
    STJ autoriza a investigação dos governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) e Tião Viana (PT-AC) na Operação Lava Jato

    Procuradoria-Geral da República pede investigação sobre o senador Fernando Bezerra (PSB-PE). Paulo Roberto Costa disse em depoimento que foi procurado por Bezerra para viabilizar recursos para a campanha de reeleição do falecido governador de Pernambuco Eduardo Campos.

    13.mar
    Teori aceita abertura de inquérito contra o senador Fernando Bezerra.

    16.mar
    Polícia Federal volta a prender o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Segundo a PF, ele estava movimentando dinheiro em contas no exterior.

    Ministério Público Federal denuncia 27 pessoas, entre elas o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e Renato Duque por corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

    Folha revela que o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, disse em sua delação premiada que o tesoureiro do PT, João Vaccari, pediu que a empreiteira pagasse uma propina de cerca de R$ 10 milhões em forma de doação oficial ao partido.

    17.mar
    Justiça do Paraná quebra sigilo bancário do ex-ministro José Dirceu e revela que ele recebeu R$ 29 milhões por consultorias entre 2006 e 2013. Os maiores contratos foram com empresas investigadas na Operação Lava Jato, como OAS, UTC, Engevix e Camargo Corrêa.

    STF libera vídeos de depoimentos de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. Em um deles, o ex-diretor da Petrobras afirma que "a maior balela que tem nesse Brasil é a doação oficial" a partidos.

    Veja o vídeo

    20.mar
    Grupo Setal fecha acordo de delação com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e delata cartel de 23 companhias em licitações da Petrobras.

    23.mar
    Justiça autoriza a transferência de 12 presos da Lava Jato que estão na carceragem da PF em Curitiba para o Complexo Médico-Penal do Paraná, em Pinhais. O juiz negou a transferência do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e, a pedido do Ministério Público Federal, também foi negada a transferência de Ricardo Pessoa, presidente da UTC.

    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque tornam-se réus na Operação Lava Jato.

    24.mar
    Após fechar acordo de delação premiada, o vice-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Eduardo Leite, deixa a prisão.

    26.mar
    A ex-presidente da Petrobras Graça Foster depõe na CPI da Petrobras na Câmara e se diz "envergonhada" por propina na Petrobras

    27.mar
    Polícia Federal prende o presidente do Grupo Galvão, Dario de Queiroz Galvão Filho.

    30.mar
    O presidente da empreiteira Camargo Corrêa, Dalton Avancini, deixa a prisão após ter seu acordo de delação premiada homologado pela Justiça. Nove executivos continuam presos.

    9.abr
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, fala à CPI da Petrobras que conhecia acusados e suspeitos da Operação Lava Jato como Alberto Youssef, Renato Duque e Pedro Barusco, mas não deu detalhes sobre sua relação com eles.

    Paulo Roberto Costa muda a versão que apresentou em seu acordo de delação e diz que as obras da estatal investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas.

    10.abr
    Em nova fase da Lava Jato, PF prende os ex-deputados André Vargas (ex-PT-PR e hoje sem partido), Luiz Argôlo (ex-PP e hoje Solidariedade-BA) e mais quatro pessoas ligadas aos políticos. Também houve ordem de prisão contra o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que já estava preso em Pernambuco por condenação no mensalão. A investigação se expande para crimes na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde.

    Editoria de Arte/Folhapress

    15.abr
    O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é preso. Secretário de Finanças do partido, o petista nega envolvimento no esquema de corrupção que atingiu a Petrobras nos últimos anos. Também é expedida ordem de prisão contra a cunhada de Vaccari, Marice de Corrêa Lima, mas ela não é encontrada em seu apartamento e torna-se foragida.

    Paulo Lisboa - 15.abr.15/Folhapress
    João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, chega ao IML de Curitiba
    João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, chega ao IML de Curitiba

    Após prisão, PT anuncia o afastamento de Vaccari da tesouraria do partido.

    16.abr
    Disputa entre a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal leva o ministro do STF Teori Zavascki a suspender depoimentos de políticos investigados.

    17.abr
    Marice Corrêa de Lima, cunhada de João Vaccari, entrega-se à PF.

    Em depoimento, executivo da Camargo Corrêa diz que a empresa pagou R$ 110 milhões em propina para obter contratos da Petrobras entre 2007 e 2012.

    19.abr
    Em depoimento divulgado pela Justiça, o presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini, confirma a informação de que um conjunto de empreiteiras agia como um cartel em obras da Petrobras.

    22.abr
    Primeiro julgamento relativo à Lava Jato é concluído: Justiça do Paraná condena oito pessoas por desvios em obra da refinaria Abreu e Lima.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Divulgado o balanço final de 2014 da Petrobras, que registra prejuízo de R$ 22 bi, incluindo perdas com corrupção.

    23.abr
    O publicitário Ricardo Hoffmann, preso sob suspeita de ter pago propina ao ex-deputado André Vargas (Ex-PT-PR), decide fazer acordo de delação premiada.

    Justiça do Paraná manda soltar a cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto após dúvida sobre vídeo que a comprometia.

    27.abr
    Ministério Público Federal denuncia Renato Duque e João Vaccari Neto por lavagem de R$ 2,4 milhões.

    28.abr
    Por 3 votos a 2, STF decide passar 9 executivos e funcionários de empreiteiras à prisão domiciliar.

    9.mai
    Folha revela que o empresário Ricardo Pessoa, da UTC, afirmou a procuradores da Lava Jato que doou R$ 7,5 mi à campanha à reeleição de Dilma Rousseff por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras.

    13.mai
    Ricardo Pessoa torna-se delator da operação e se compromete a devolver R$ 50 mi.

    14.mai
    Ministério Público do Paraná apresenta as primeiras acusações contra políticos na Lava Jato. São eles os ex-deputados André Vargas (ex-PT-PR, sem partido), Luiz Argôlo (SD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e Aline Corrêa (PP-SP).

    21.mai
    PF prende Milton Pascowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina na diretoria de Serviços.

    Jorge Araujo - 4.fev.2015/Folhapress
    O empresário Milton Pascowitch
    O empresário Milton Pascowitch

    26.mai
    O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró é condenado a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.

    19.jun
    PF prende presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez e outros dez executivos das duas empreiteiras.

    26.jun
    Em depoimento de delação premiada, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, diz que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma Rousseff em 2014, por vias legais, por temer prejuízos em negócios com a Petrobras. Ele também afirmou ter doado à campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista em 2010 como pagamento de propina. As revelações aumentam a pressão sobre o governo e o PT.

    29.jun
    O lobista Milton Pascowitch tem acordo de delação premiada homologado.

    2.jul
    O ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada é preso sob a suspeita de envolvimento em crimes de corrupção, fraude em licitações, desvio de verbas públicas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

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