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    Lava Jato

    Juiz estende a prisão de executivos e ex-diretor da Petrobras

    MARIO CESAR CARVALHO
    DE SÃO PAULO

    18/11/2014 21h28

    O juiz federal Sergio Moro estendeu a prisão de cinco executivos de empreiteiras e do ex-diretor da Petrobras Renato Duque para 30 dias. Eles tiveram a prisão temporária –de cinco dias, feita para instruir a ação penal– convertida em prisão preventiva.

    Com duração de 30 dias prorrogáveis por mais 30, a prisão preventiva é aplicada quando o juiz considera que há possibilidades de o réu continuar a praticar crimes, interferir no processo, ameaçar testemunhas ou deixar o país –todos essas razões foram citadas no pedido dos procuradores e aceitas pelo juiz.

    Tiveram a prisão prorrogada dois integrantes da cúpula da Camargo Corrêa: João Auler, presidente do conselho, e Dalton Avancini, presidente da empreiteira.

    José Aldemário Pinheiro Filho e Mateus Coutinho de Sá Oliveira, respectivamente presidente e diretor financeiro da OAS, também vão ficar presos por 30 dias, a princípio. O juiz estendeu também o período de prisão de Ricardo Pessoa, presidente do grupo UTC/Constran.

    Na decisão, o juiz afirma que o presidente da OAS "seria o principal responsável pelos crimes no âmbito do grupo empresarial, sendo citado por todos os colaborares". Colaboradores são aqueles que fizeram acordo de delação premiada.

    O Ministério Público Federal havia pedido a conversão de prisão temporária em preventiva para dez réus, mas o juiz negou em quatro dos casos. Três executivos foram proibidos de deixar o país, e um agente federal que o doleiro Alberto Youssef usava para transportar dólares foi punido com a perda da função pública.

    A defesa de Renato Duque afirma que a a decisão do juiz é injusta, já que "ele não é acusado de nenhum crime". A defesa do ex-diretor da Petrobras diz que ingressará nesta quarta (19) com pedido para libertá-lo.

    Até este momento a reportagem não conseguiu manifestações das defesas dos executivos.

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    PRISÃO PREVENTIVA

    Camargo Corrêa

    • João Auler –prisão preventiva decretada nesta terça
    • Dalton Avancini –prisão preventiva decretada nesta terça
    • Eduardo Hermelino Leite –prisão preventiva já havia sido decretada
    • José Ricardo Nogueira Breghirolli –prisão preventiva já havia sido decretada

    OAS

    • José Aldemário P. Filho –prisão preventiva decretada nesta terça
    • Mateus C. de Sá Oliveira –prisão preventiva decretada nesta terça
    • Agenor Franklin Magalhaes Medeiros –prisão preventiva já havia sido decretada

    UTC/Constran

    • Ricardo Pessoa –prisão preventiva decretada nesta terça

    Mendes Júnior

    • Sergio Cunha Mendes –prisão preventiva já havia sido decretada

    Engevix

    • Gerson de Mello Almada –prisão preventiva já havia sido decretada

    Galvão Engenharia

    • Erton Medeiros Fonseca –prisão preventiva já havia sido decretada

    Outros

    • Renato de Souza Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras) –prisão preventiva decretada nesta terça
    • Fernando Soares (lobista) –prisão temporária

    *

    FORAM SOLTOS

    • Alexandre Portela Barbosa (OAS)
    • Walmir Pinheiro Santana (UTC/Constran)
    • Othon Z. de Moraes Filho (Queiroz Galvão)
    • Ildefonso Colares Filho (Queiroz Galvão)
    • Valdir Lima Carreiro (Iesa)
    • Jayme Alves de Oliveira Filho (agente da PF)
    • Carlos Eduardo Strauch Alberto (Engevix)
    • Newton Prado Junior (Engevix)
    • Ednaldo Alves da Silva (UTC/Constran)
    • Carlos Alberto da Costa e Silva (advogado)
    • Otto Garrido Sparenberg (Iesa)

    *

    FORAGIDO

    • Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mario Negro-monte, do PP

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