A notícia da morte do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos (1935-2014) na manhã desta quinta-feira (20) repercutiu entre políticos e autoridades do país.
A presidente Dilma Rousseff afirmou que o país perdeu um "grande homem", o direito brasileiro perdeu "um renomado advogado" e ela perdeu "um grande amigo".
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decretou luto oficial de sete dias.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia, manifestaram pesar por meio de uma nota distribuída pelo Instituto Lula.
"Um homem raro e que muito contribuiu para mudar a história do país", afirmaram. "Sua atuação como ministro foi fundamental para o combate ao crime e a garantia do cumprimento da Lei."
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), definiu o ex-ministro como "um dos mais aguerridos defensores do retorno do Estado de Direito ao Brasil".
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LEIA AS DECLARAÇÕES:
"Rendemos hoje as nossas homenagens a um grande brasileiro. O País perdeu um grande homem, o Direito brasileiro perdeu um renomado advogado e eu perdi um grande amigo.
Márcio Thomaz Bastos era um defensor intransigente do direito de defesa e considerava o exercício da advocacia um pilar da sociedade livre. Como ministro da Justiça, foi responsável por avanços institucionais, como a reestruturação que ampliou autonomia à Polícia Federal, a aprovação da emenda constitucional da reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento.
Quem teve o privilégio de conviver com ele, como eu tive, conheceu também um amigo espirituoso, de caráter e lealdade ímpares.
A seus familiares, amigos, alunos e admiradores, meus sentimentos nessa hora de dor."
DILMA ROUSSEFF, presidente da República
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"O Brasil perde hoje não apenas um de seus melhores advogados criminalistas, mas um dos homens que mais lutou pela democracia e pelo estado de direito em nosso país. Em particular, nós perdemos um amigo.
Márcio Thomaz Bastos foi um corajoso defensor da lei e um advogado apaixonado pela ideia de um Brasil melhor. Foi um homem raro e que muito contribuiu para mudar a história do país. Sua atuação como ministro foi fundamental para o combate ao crime e a garantia do cumprimento da Lei.
Compartilhamos este sentimento de perda com sua esposa Maria Leonor de Castro Bastos, sua família, amigos e tantos admiradores que Márcio Thomaz Bastos fez ao longo da vida."
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, ex-presidente, e MARISA LETÍCIA, ex-primeira dama
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"Foi um homem que lutou pela democracia e transformou o Ministério da Justiça, criando a possibilidade de termos uma Polícia Federal autônoma e viabilizando a agilização dos processos judiciais. O Brasil perde uma grande referência na área jurídica."
JOSÉ EDUARDO CARDOZO, ministro da Justiça
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"O Ministro Márcio Thomaz Bastos foi advogado combativo e corajoso que enfrentou a missão à frente do Ministério da Justiça com criatividade e eficiência. É com pesar que recebo a notícia de seu falecimento e externo votos de solidariedade à família."
RICARDO LEWANDOWSKI, presidente do (STF) Supremo Tribunal Federal
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"Deve-se destacar a vida de Márcio Thomaz Bastos como um dos maiores advogados de toda a História do Brasil, tendo presidido os conselhos estadual (SP) e federal da OAB, bem como a sua republicana gestão como ministro da Justiça entre 2003 e 2007. O país perdeu hoje um grande brasileiro, nascido em Cruzeiro (SP) e formado na velha e sempre nova academia do Largo de São Francisco (USP)".
JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI, ministro do STF
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"Manifesto pesar pelo falecimento do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, criminalista de reconhecido talento e expoente do Direito brasileiro. Meus sentimentos à sua esposa, familiares e amigos."
AÉCIO NEVES, senador de Minas Gerais pelo PSDB
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"Foi um dos mais aguerridos defensores do retorno do Estado de Direito ao Brasil. Pautou-se, na advocacia, pelas mesmas convicções democráticas e pelo mesmo esforço conciliatório que marcaram suas ações ao longo de uma vida brilhante. Meus sentimentos aos familiares e amigos."
GERALDO ALCKMIN, governador de São Paulo pelo PSDB
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"Foi um dos grandes advogados da história jurídica do Brasil. Defensor intransigente de seus clientes, sem nunca se afastar da ética. Era um homem sedutor, inteligente, brilhante, amigo e foi um bom ministro"
ALOYSIO NUNES FERREIRA senador pelo PSDB
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"Ele foi meu advogado nos anos 1990. Tínhamos uma convivência escassa, mas intensa. Ele soube honrar a dignidade de seu cargo como ministro da Justiça. Somos de campos diferentes na política, mas dentro daquilo que cabe reconhecer, foi um bom ministro"
JOSÉ SERRA, ex-governador de São Paulo
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"Ele fez reformas penais importantes no país, assegurando o direito de defesa. Havia um sistema processual que presumia a culpa do réu. Antes da reforma do Márcio Thomaz Bastos, o silêncio do réu era visto contra ele. Ele alterou a questão e estabeleceu que o silêncio não pode ser motivo para condenação"
NELSON JOBIM, ex-ministro da Justiça, ex-ministro da da Defesa e ex-presidente do STF
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"Mais do que um profissional competente, conheci um homem gentil e generoso. Nunca o vi dar uma bronca em alguém. Era extremamente divertido, sabia contar histórias como poucos. Não tinha aquele português empolado, muito comum entre advogados. Fico com um sentimento de orfandade. Ele tinha uma visão sensata das coisas e era um grande conselheiro. Eu era muito briguento e deixei isso de lado por causa dele. Ele vai fazer falta nesta fase da Operação Lava Jato porque era o grande interlocutor entre a Polícia Federal, o Ministério Público e os empresários. Ele enxergava essa investigação não como só caso policialesco, mas como uma questão de Estado."
ALBERTO ZACHARIAS TORON, advogado, foi estagiário de Thomaz Bastos
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"Nos últimos anos, sem a menor sombra de dúvidas, foi o maior advogado criminal do Brasil, sob todos os aspectos. Era um grande advogado pela cultura jurídica e pela forma de olhar o cliente. Ele sabia captar a alma do momento político. Vai fazer muita falta no direito penal no momento em que o país está passando."
ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO, advogado criminalista e amigo de Thomaz Bastos
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"Ele era intransigente na voz técnica e apaixonada de quem a ele confiava seu destino. Grande estrategista e orador, sua fala era um mosaico de persuasão. Sacrificou, por um tempo, sua vocação de defensor e aceitou contrariado a missão de ser o melhor ministro da Justiça que a República conheceu. Se hoje temos uma Polícia Federal independente, que não protege amigos e nem persegue inimigos, é graças ao seu esforço para equipar o órgão."
LUIZ FERNANDO PACHECO, advogado criminalista e amigo de Márcio Thomaz Bastos.
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"Meus votos de pesar à família do Dr. Márcio Thomaz Bastos, um exemplar ministro da Justiça do Brasil e defensor criminal de primeira linha."
JOAQUIM BARBOSA, ex-presidente do STF
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"O Brasil perdeu hoje um advogado, um jurista e acima de tudo um grande homem público. Presente e atuante nos principais momentos da vida política do país, pautou sua atuação pela defesa do direito de defesa, pilar de toda democracia saudável. Responsável por importantes avanços institucionais no período em que foi ministro da Justiça, será lembrado também por seu papel central no projeto de construção de uma sociedade mais justa."
FERNANDO HADDAD, prefeito de São Paulo pelo PT
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"Márcio Thomaz Bastos deixa um legado de competência, coragem e exemplo de lealdade ao amigos. Um homem de ideias progressistas, serenidade e bom senso. Como ministro da Justiça e presidente da OAB mostrou espírito público. Meus sentimentos à Leonor. Márcio fará falta a todos nós."
MARTA SUPLICY, senadora de São Paulo pelo PT
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"Márcio será sempre inspiração para a defesa do estado de direito, dos valores constitucionais e dos fundamentos de uma sociedade civilizada. Um brasileiro exemplar, um advogado ético e decente, um jurista de escol, um homem de família, um amigo e conselheiro. Ao luto institucional se soma a tristeza pessoal pela irreparável perda deste inigualável presidente de sempre do Conselho Federal da OAB."
MARCUS VINICIUS FURTADO COÊLHO, presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)
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"O país perdeu hoje um de seus mais ilustres juristas. Valioso colaborador na gestão do ex-presidente Lula, Márcio Thomaz Bastos foi, como colega e companheiro de Esplanada, uma personalidade que sempre inspirou confiança, admiração e respeito.
Contribuições como a reforma do Poder Judiciário e o Estatuto do Desarmamento ilustram um legado de transformações em favor da melhoria do Estado e evolução da própria sociedade brasileira.
Apresento meus sinceros votos de pesar a familiares e amigos, neste momento de comoção e tristeza."
CELSO AMORIM, ministro da Defesa
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"Um dos maiores juristas do Brasil e um personagem com reconhecida contribuição no processo de redemocratização do país. Como ministro da Justiça teve atuação destacada na modernização do sistema judiciário brasileiro. Neste momento de dor pela perda de um amigo, o ministro presta solidariedade aos seus familiares."
GUIDO MANTEGA, ministro da Fazenda
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"Ele foi um dos melhores argumentadores que conheci como advogado de júri. Um homem de cultura extensa, humanista e argumentador primoroso. Eu não diria que era imbatível, mas ele ganhou muito mais do que perdeu."
ANTÔNIO CLÁUDIO MARIZ DE OLIVEIRA, advogado criminalista e amigo de Thomaz Bastos
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"O Brasil perdeu na manhã de hoje um de seus mais ilustres advogados, Márcio Thomaz Bastos, que por mais de 50 anos exerceu com brilhantismo e dedicação o ofício da advocacia. Ex-ministro da Justiça, criminalista, Thomaz Bastos enalteceu nossas mais altas Cortes de Justiça pela paixão com quem defendia suas teses. Desde muito cedo participou de movimentos populares, foi fundador do movimento Ação pela Cidadania, atuou com firmeza na acusação dos assassinos do ambientalista Chico Mendes. Sem dúvida, perdemos hoje um grande cidadão, um expoente do Direito brasileiro. Em nome do Congresso Nacional, me solidarizo com a família de Márcio Thomaz Bastos nesse momento de tristeza."
RENAN CALHEIROS, presidente do Senado
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"A morte de Márcio Thomaz entristece a todos nós que com ele conviveram. Homem Íntegro, leal e agregador, foi essencial à Justiça e ao País. Entre as diversas façanhas que realizou, a ele coube conduzir, no governo Lula, a reforma do judiciário, com a instituição do Conselho Nacional de Justiça. Perdemos o homem, mas tivemos o privilégio de testemunharmos em primeira mão o exemplo e as conquistas de Márcio Thomaz Bastos".
LUÍS INÁCIO LUCENA ADAMS, advogado-geral da União
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"Manifesto meus sentimentos e apoio aos amigos mais próximos e familiares neste momento de tristeza também, para todos nós da comunidade jurídica."
PAULO ADIB CASSEB, presidente do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo
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"Morre o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. Uma perda enorme para a democracia brasileira. Minha dor!"
JOSÉ GUIMARÃES, deputado federal do Ceará pelo PT
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"Além da advocacia, Márcio Thomaz Bastos foi nosso palestrante e co-autor da obra 'Grandes Advogados'. Exemplo para a advocacia, criou novos parâmetros para a atuação na Justiça criminal. Como ministro, pode-se afirmar que estabeleceu dinâmica relevante para enfrentar os desafios que a função impõe. Meus sentimentos à família."
PIERRE MOREAU, sócio da Casa do Saber e do Moreau Advogados
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"Ele foi o maior estrategista que conheci e um brilhante orador. Como amigo, era generoso, divertido, leal e um lord. Ele sempre tinha um olhar para o cliente e uma capacidade grande de ouvir."
JOSÉ LUIS DE OLIVEIRA LIMA, advogado criminalista e amigo de Márcio Thomaz Bastos
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"É um momento de tristeza. Perdemos um grande brasileiro, um advogado de reconhecido talento, que fez um importante trabalho pela reconstituição democrática do Brasil. Eu perdi um grande amigo. Que o exemplo dele fique entre nós, de trabalho e ética."
FERNANDO PIMENTEL, governador eleito de Minas Gerais pelo PT
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"Hoje, o Brasil e a cultura jurídica nacional amanhecem, acordam mais pobres, e eu perdi um grande amigo, um homem que eu tinha como referência, assim como meu pai –um paladino da liberdade, dos direitos humanos, das causas do país e do seu povo.
Quero, neste momento, representando o povo da Paraíba e o nosso Partido, registrar e reverenciar, com saudade incontida, a morte deste homem que, ao longo de sua trajetória como advogado –principalmente como advogado–, pôde dar ao país ensinamentos de conduta ética e de compleição moral. Fica, neste momento, o testemunho daqueles que, hoje, estão saudosos com a partida desse grande símbolo da advocacia nacional."
VITAL DO RÊGO, senador pelo PMDB