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    Corpo do ex-ministro Thomaz Bastos é velado na Assembleia Legislativa de SP

    MARINA DIAS
    GUSTAVO URIBE
    DE SÃO PAULO

    20/11/2014 15h16

    O corpo do criminalista Márcio Thomaz Bastos chegou às 15h à Assembleia Legislativa de São Paulo para o início do seu velório.

    Transportado do Hospital Sírio Libanês até a a casa legislativa por um carro do serviço funerário da prefeitura de São Paulo, o caixão foi carregado para o hall principal da assembleia por familiares e amigos, entre eles o advogado criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

    Thomaz Bastos morreu aos 79 anos na manhã desta quinta (20).

    "Nos últimos anos, sem a menor sombra de dúvidas, foi o maior advogado criminal do Brasil, sob todos os aspectos. Era um grande advogado pela cultura jurídica e pela forma de olhar o cliente. Ele sabia captar a alma do momento político", lamenta Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado criminalista e amigo de Márcio Thomaz Bastos.

    "Vai fazer muita falta no direito penal no momento em que o país está passando", completou.

    Trajetória de Márcio Thomaz Bastos

    O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB), permaneceu por 30 minutos no velório do advogado criminalista. "A advocacia perde um símbolo e a vida pública perde um grande homem", disse.

    "É uma perda pessoal muito grande mas, mais do que isso, é uma perda para a vida pública, porque o Márcio representou uma fidelidade extraordinária para toda a atividade pública, tanto que foi um defensor incontestável dos direitos humanos, do Estado de Direito e da democracia", afirmou o peemedebista.

    "É um momento de tristeza. Perdemos um grande brasileiro, um advogado de reconhecido talento, que fez um importante trabalho pela reconstituição democrática do Brasil. Eu perdi um grande amigo. Que o exemplo dele fique entre nós, de trabalho e ética", disse Fernando Pimentel (PT), governador eleito de Minas Gerais.

    O petista também destacou a importância do advogado na luta para "solidificar a autonomia e independência da Polícia Federal e do Judiciário".

    "Foi um homem que lutou pela democracia e transformou o Ministério da Justiça, criando a possibilidade de termos uma Polícia Federal autônoma e viabilizando a agilização dos processos judiciais. O Brasil perde uma grande referência na área jurídica", disse José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça.

    Entre os políticos e amigos que mandaram coroas de flores, estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o presidente nacional da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf.

    A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compareceram.

    A expectativa é de que também estejam presentes o governador Geraldo Alckmin e ministros do governo federal e do Supremo Tribunal Federal (STF).

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