A Polícia Federal (PF) ouve na tarde desta sexta-feira (21) o depoimento do lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Ele é apontado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como intermediário de pagamentos de propina de empresa prestadoras de serviço da estatal ao PMDB.

Soares teve a prisão decretada na última sexta-feira (14), mas se apresentou à polícia apenas na última terça-feira. Se não houver prorrogação da prisão temporária ou a conversão em preventiva, Soares pode deixar a carceragem da PF amanhã. A tendência, no entanto, é de o juiz Sérgio Moro estender a detenção do lobista.

	Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress
	Fernando Soares, o Fernando Baiano, é conduzido por policiais em Curitiba

Na última quarta-feira, o advogado de Soares, Mário Oliveira Filho, negou que seu cliente seja operador do PMDB e tenha intermediado qualquer pagamento de propina. "Ele é um empresário que prospecta negócios."

Apesar da negativa, Filho declarou que os empreiteiros envolvidos no suposto esquema de corrupção da Petrobras eram "vítimas" e que "não se faz obras no Brasil sem acordo".

Não há confirmação de outros depoimentos pela PF.