Um dia depois de sofrer uma tentativa de homicídio ao ser surpreendido a tiros por três homens armados o prefeito de Mesquita (RJ), Rogelson Sanchez Fontoura, o Gelsinho Guerreiro (PSC), declarou que suspeita que a ação tenha sido promovida pelo advogado Renato Paixão, filho de seu vice na administração da cidade.

A declaração foi divulgada através de sua assessoria de imprensa nesta segunda-feira (24), em que Fontoura disse que acredita ter sido alvo de "crime político".

Em entrevista à Folha, o delegado assistente da 53 DP (Mesquita), Victor Barbosa, que investiga o caso, disse que apesar da desconfiança do prefeito em relação a Renato Paixão, a suspeita de roubo não foi descartada.

O crime aconteceu por volta das 21h30 de domingo quando Fontoura chegava em casa de carro, num Kia Sportage de cor branca, com um segurança.

Após avistar os bandidos armados com pistolas, o segurança reagiu. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Um tiro atingiu a porta do carona. Em seguida os criminosos fugiram num Fiat Punto preto.

A reportagem tentou localizar Renato Paixão, mas ele não foi encontrado. Há cerca de três meses, o prefeito registrou uma queixa na delegacia contra Paixão alegando ser vítima de "denúncias difamatórias" postadas pelo advogado em redes sociais.

De acordo com a própria assessoria do prefeito, o vice Waltinho Paixão (PRP) e Fontoura não se falam na gestão da prefeitura – desde que assumiram os cargos em 2012. A assessoria disse ainda que Paixão sequer aparece na sede da prefeitura. A Folha também não conseguiu localizar o vice-prefeito.

Victor Barbosa afirmou que deve ouvir na noite desta segunda o segurança do prefeito e vai intimar Renato Paixão a prestar depoimento. "Agora, a prioridade é tentar identificar esses bandidos. Estamos analisando todas as câmeras da região", afirmou.