• Poder

    Wednesday, 01-May-2024 22:38:46 -03

    Campanha de Aécio deixa dívida de R$ 15 milhões para tucanos

    GUSTAVO URIBE
    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    25/11/2014 02h00

    Segundo colocado na disputa pelo Palácio do Planalto, Aécio Neves (PSDB) vai declarar nesta terça-feira (25), data final para a prestação de contas eleitorais, arrecadação de cerca de R$ 201 milhões e uma dívida de campanha em torno de R$ 15 milhões.

    Os números foram informados à Folha por integrantes da campanha tucana, que se reuniram na noite desta segunda-feira (24) para fazer os últimos ajustes antes de levar a prestação de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

    O tucano gastou cerca de R$ 216 milhões na corrida presidencial, quantia bem abaixo do teto de gastos previsto inicialmente para a candidatura, de R$ 290 milhões.

    Segundo a legislação eleitoral, as dívidas devem ser assumidas pelos partidos.

    A presidente Dilma Rousseff (PT), por sua vez, deve declarar ao TSE uma relação de contas sem dívidas de campanha –ou seja, todo o dinheiro arrecadado pagou as despesas eleitorais, de acordo com a cúpula petista.

    Até a conclusão desta edição, porém, a campanha à reeleição da presidente não havia fechado o número que deve ser apresentado ao TSE.

    O teto de gastos da campanha petista primeiramente foi estimado em R$ 298 milhões. No final de outubro, porém, o PT solicitou o aumento da previsão por duas vezes.

    O primeiro pedido foi para subir o teto em R$ 40 milhões. Em seguida, a sigla pediu para que a estimava ficasse em R$ 383 milhões. A receita nos dois primeiros meses de campanha foi de R$ 123 milhões.

    Durante a disputa, os petistas diziam que a meta era acabar a campanha sem nenhuma dívida. Para isso, foi necessário fazer um esforço de última hora –no início de novembro, o deficit chegava a quase R$ 20 milhões.

    Em ambas as campanhas, os maiores gastos foram os referentes a marketing, comunicação e deslocamentos.

    MARINA

    No início de novembro, quando fecharam as contas dos candidatos que não disputaram o segundo turno das eleições, Marina Silva (PSB) também declarou uma campanha sem dívidas, com arrecadação de pouco mais de R$ 62 milhões. A principal doadora da campanha foi a JBS, dona do frigorífico Friboi, com mais de R$ 5 milhões.

    A empresa que despontou no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como a maior indústria de carnes do mundo tornou-se, em 2014, a maior financiadora de campanhas eleitorais do país.

    As principais despesas de Marina foram com publicidade e deslocamento. Para cuidar da voz, que foi perdendo ao longo da campanha eleitoral, a ex-senadora gastou em torno de R$ 21,3 mil com tratamento de fonoaudiologia.

    -

    FAZENDO AS CONTAS

    Campanha de Dilma à reeleição deve encerrar arrecadação sem dívidas; Aécio sairá no vermelho, segundo o PSDB

    Aécio Neves (PSDB)

    • ARRECADAÇÃO R$ 201 milhões
    • DÍVIDA R$ 15 milhões
    • TETO DE ARRECADAÇÃO R$ 290 milhões

    Dilma Rousseff (PT)

    • ARRECADAÇÃO O partido ainda não divulgou uma estimativa de quanto foi arrecadado, mas neste mês teve que sanar um passivo de R$ 20 milhões
    • DÍVIDA Sem dívidas
    • TETO DE ARRECADAÇÃO R$ 383 milhões

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024