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    Rio de Janeiro

    Pezão arrecada R$ 45 mi com 69% de origem oculta

    ITALO NOGUEIRA
    ADRIANO BARCELOS
    DO RIO

    25/11/2014 23h01

    O governador reeleito do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), arrecadou na campanha deste ano R$ 45,2 milhões. O valor é mais do que o sêxtuplo da receita de seu adversário no segundo turno, o senador Marcelo Crivella (PRB). Ele obteve R$ 6,7 milhões.

    De acordo com os dados entregues nesta terça-feira (25) à Justiça Eleitoral, 69% dos recursos usados na campanha do peemedebista têm origem oculta. São gastos feitos diretamente pelo comitê financeiro do PMDB-RJ ou pelo diretório estadual da sigla em material de campanha do governador.

    A Justiça Eleitoral exigiu este ano que os recursos repassados pelos comitês e partidos às contas dos candidatos identificassem os doadores originais. Mas a prestação de contas de Pezão indica que não houve transferência de verba, mas doação estimada em dinheiro. A declaração indica gasto direto do PMDB-RJ com material de campanha de Pezão.

    O governador reeleito declarou uma sobra de caixa de R$ 57.646. Já o adversário Marcelo Crivella (PRB), derrotado no segundo turno, registrou déficit nas contas de R$ 657.112.

    Entre as doações identificadas, a maior partiu da empresa do setor de alimentos JBS, que fez doações de pelo menos R$ 2,44 milhões. Completam a lista as empreiteiras Carioca Christiani Nielsen Engenharia (R$ 1,9 milhão), OAS (R$ 1,2 milhão) e Concremat Engenharia (R$ 1 milhão). Também estão entre os doadores os bancos Santander (R$ 1 milhão) e Bradesco (R$ 500 mil), bem como a cervejaria Petrópolis (R$ 1 milhão).

    No caso de Crivella, o principal doador foi o Comitê da Presidente Dilma Rousseff (PT). A petista repassou ao candidato do PRB R$ 1,5 milhão.

    A campanha petista também repassou recursos para o senador Lindbergh Farias (PT) e o deputado Anthony Garotinho (PR), derrotados no primeiro turno, mas que também a apoiavam. Pezão foi o único a não receber de Dilma.

    Outros doadores de destaque de Crivella foram a empresa Salobo, do setor de mineração, que doou R$ 1 milhão, e a empresa do ramo petroleiro HTR-O&G, que também repassou R$ 1 milhão para o senador.

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