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    Escolha de novos ministros deve ter equilíbrio, afirma Boff

    FLÁVIA FOREQUE
    DE BRASÍLIA

    26/11/2014 19h33

    Após encontro com a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (26), o teólogo Leonardo Boff afirmou que a escolha dos novos ministros deve seguir um "jogo equilibrista".

    "Por um lado, [é preciso] atender certas demandas do mercado e acalmá-lo. E por outro lado, manter as brechas abertas para o investimento de políticas públicas que ela [presidente] não vai renunciar", afirmou.

    Ao lado de intelectuais e ativistas como o economista Luiz Gonzaga Beluzzo e o líder dos sem-terra João Pedro Stédile, Boff assinou manifesto criticando nomes como o de Joaquim Levy e Kátia Abreu para compor o governo no novo mandato de Dilma. "Ela entendeu que de forma democrática eu subscrevi conscientemente porque é um campo da política econômica que deve ser tratado de forma extremamente cuidadosa", disse ele.

    O encontro contou ainda com a presença de frei Betto e outros intelectuais, representantes do movimento Emaús. Leonardo Boff evitou fazer críticas diretas aos indicados, e afirmou que o perfil da presidente "dá certa tranquilidade".

    "Sabemos que ela tem uma mão firme. Ela não se deixa conduzir. Ela conduz. Isso nos dá certa tranquilidade." Ele afirmou ainda que defendeu, no encontro, a necessidade de reforma política, maior atenção para a juventude e para os movimentos sociais.

    "[Ela] disse que a partir de agora será um ponto alto de seu governo um diálogo permanente, orgânico e contínuo com os movimentos sociais e com a sociedade em geral. (...) Ela estava aberta a discussão e disse: 'eu prefiro escutar críticas do que apenas escutar as coisas boas que eu faço, porque aí eu aprendo'. ", disse.

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