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    Catadores pedem a Dilma que Gilberto Carvalho fique na Secretaria-Geral

    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    03/12/2014 13h39

    Em visita a uma feira de catadores de lixo, sua primeira agenda oficial em São Paulo após a eleição, a presidente Dilma Rousseff ouviu manifestações de preocupação com a possível saída de Gilberto Carvalho da Secretaria-Geral da Presidência da República.

    O ministro é um quadro orgânico do PT e foi durante o primeiro mandato da presidente o principal interlocutor com movimentos sociais.

    A primeira fala a favor da manutenção de Carvalho no governo veio ao final da apresentação de um quadro cênico, durante o ato da petista com os catadores.

    "Olhe por nós e veja a continuação do nosso ministro ou um ministro com o mesmo poder, a mesma força e a mesma vontade pelo nosso povo", disse um dos catadores que discursaram.

    Carvalho, que estava acompanhando o ato no palanque com Dilma foi aplaudido, mas não se manifestou. Depois, outros integrantes manifestaram preocupação com a troca de interlocutores no governo. "Que o ministro que vem possa sentar direto com a gente", disse um integrante de cooperativa.

    A saída de Carvalho da Presidência é dada como certa por pessoas próximas a Dilma, mas ainda não se sabe que cargo ele assumiria —nem quem seria o indicado para a Secretaria-Geral.

    'FÁCIL JOGAR PARA A PRESIDENTE'

    Em seu discurso, Dilma disse que havia escolhido o ato com catadores como sua primeira agenda para honrar os compromissos com a categoria e "agradecer" aqueles que "lutaram" pela sua reeleição.

    A presidente enumerou programas e entregou diplomas a 11 catadores que se formaram no Pronatec Pop Rua, braço do projeto profissionalizante voltado para a população em situação de rua.

    Durante o ato, Dilma enalteceu a evolução das cooperativas de catadores e disse que a organização que eles conquistaram é um exemplo.

    No meio do discurso, a presidente avistou um cartaz em que catadores da Granja Julieta, periferia de São Paulo, pediam "ajuda". " Tá escrito ali. Tem que ajudar. É fácil chegar e falar: 'presidente, resolve'. Vamos todo mundo pegar junto que fica muito mais fácil ", disse. O prefeito Fernando Haddad (PT) a acompanhava no evento.

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