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    Lava Jato

    Cardozo diz que contas de campanha de Dilma estão 'distantes' de denúncias

    SEVERINO MOTTA
    DE BRASÍLIA

    03/12/2014 21h13

    O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, minimizou nesta quarta-feira (3) o impacto que a delação premiada de um executivo da Toyo Setal possa ter sobre a análise que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) fará sobre as contas de campanha da presidente Dilma Rousseff.

    De acordo com ele, apesar da denúncia de que parte das propinas da Petrobras eram doações oficiais para o PT, os balanços estariam longe de denúncias de corrupção.

    O executivo Augusto Ribeiro de Mendonça Neto afirmou delatou, em acordo na Operação Lava Jato, que parte da propina paga para o ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque eram "doações oficiais ao Partido dos Trabalhadores".

    "As contas da presidenta, me parecem, estão bem distantes de qualquer denúncia que envolva situação de corrupção. O que me parece, todavia, é que fatos que são objetos de uma delação premiada, antes de serem prejulgados, devem ser investigados".

    Cardozo ainda defendeu punição a todos que tiverem sua participação comprovada no esquema, sejam eles do PT ou de outros partidos.

    "Caso se comprove que existem pessoas que foram corrompidas, que receberam indevidamente dinheiro público, devem ser punidas exemplarmente. Pouco importa se pertencem ao Partido dos Trabalhadores, se pertencem à oposição. Ao longo desse processo, temos tido pessoas de todas as forças partidárias citadas em delações", afirmou.

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