• Poder

    Saturday, 04-May-2024 23:22:04 -03

    Internet deve ficar com 20% das receitas publicitárias neste ano

    DE SÃO PAULO

    07/12/2014 02h00

    A internet já é a segunda maior fonte de investimento publicitário no país. Os portais, buscadores e sites de redes sociais devem fechar o ano com receitas de R$ 7,2 bilhões, 20% mais que em 2013.
    A estimativa é do IAB (Interactive Adversiting Bureau), associação criada para estimular a publicidade digital em 45 países e que, no Brasil, tem 230 afiliados incluindo Google, Facebook e Twitter.

    No ano passado, a publicidade brasileira movimentou R$ 36,5 bilhões, número que soma os valores apurados pelo projeto Inter-Meios e pelo IAB. Principal referência do mercado publicitário, o Inter-Meios contabiliza os investimentos nos mais diversos tipos de mídia (TV, internet, rádio, jornal, revistas, entre outros). Mas na internet seus dados são incompletos porque não abrangem empresas como Google e Facebook, que concentram a maior parte da internet no país e são contemplados pelo IAB.

    Para chegar ao investimento publicitário total, a Folha excluiu a internet dos dados do Inter-Meios e somou o restante com os números do IAB. Em seguida, recalculou o peso de cada mídia, como já faz o mercado.

    Por esse cálculo, a internet só perde para a TV aberta. Em 2013, a mídia digital concentrou 16% da publicidade do país, praticamente o mesmo desempenho dos veículos impressos (jornais e revistas).

    Nesse período, somente Google e Facebook abocanharam R$ 3,8 bilhões em anúncios, segundo projeções de agências de propaganda.

    "As marcas querem estar onde o consumidor passa mais tempo", diz Gustavo Burnier, presidente do comitê de agências do IAB. "E o brasileiro, naturalmente, está migrando para a internet. Ele é um dos que mais tempo passa conectado à rede."

    Por isso, segundo Burnier, a participação da mídia digital no bolo publicitário tende a crescer em ritmo elevado.

    POLÍTICA

    Outro ponto a favor da internet é a política da presidente Dilma Rousseff, que elegeu a universalização da internet como prioridade de governo ao criar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

    Atualmente, 40% dos domicílios têm algum tipo de acesso à rede (móvel ou fixo).

    Em outubro, o país atingiu a marca de 179 milhões de linhas ativas de internet, segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), uma alta de 46% em relação a outubro de 2013. Em boa parte dos domicílios há mais de um acesso à rede.

    Ainda segundo a associação, nos últimos doze meses, as operadoras mantêm uma média de instalação de uma nova conexão a cada 1,8 segundo.

    Dados da consultoria de tecnologia eMarketer indicam que, até o final deste ano, o Brasil deve se tornar o quarto país em internautas, ultrapassando o Japão.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024