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    Lista de clubes militares inclui duas pessoas que estão vivas

    DE SÃO PAULO

    14/12/2014 02h00

    Apresentada pelos clubes militares como resposta ao relatório da Comissão da Verdade, a lista com vítimas da esquerda contém erros, com nomes de pessoas mortas pela repressão ou ainda vivas.

    Um dos casos é o do comerciário aposentado José Getúlio Borba, 73. Ele conta que foi ferido em um confronto entre policiais e um militante de esquerda, no centro de São Paulo. "Ele [militante] reagiu e me deu três tiros. Só um me acertou no fígado", diz ele.

    Cerca de um ano depois do episódio —ele não se lembra o ano exato—, um colega viu seu nome citado em um jornal como morto. "Eu procurei o Dops na época e avisei que não tinha morrido", diz.

    "Nunca soube disso. Gostaria de conhece-lo ate para corrigir o equivoco. Esse e o primeiro caso [de erro] de que eu tive noticia", disse o general Gilberto Pimentel, presidente do Clube Militar.

    A lista que pede uma prece pelas almas de "126 brasileiros que perderam sua vidas pelo irracionalismo do terror" tem pelo menos um outro caso assim: o policial militar aposentado José Aleixo Nunes, também atingido por um tiro durante uma ação armada da esquerda em 1970.

    Na lista há ao menos duas vítimas de ações da própria repressão. A policial Estela Morato e o protético Friederich Rohmann morreram no cerco policial em que o guerrilheiro Carlos Marighella foi morto, em 1969, em São Paulo.

    Estela foi um dos agentes que participaram da operação e foi atingida quando os colegas começaram a atirar contra Marighella de várias direções. Rothmann passou pelo local de carro na hora em que a fuzilaria começou.

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