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    Lava Jato

    Ação na web convoca petistas a comprar papéis da Petrobras

    DANIELA LIMA
    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    17/12/2014 02h00

    Alguns dos principais nomes do PT nas redes sociais iniciaram nesta semana uma campanha "em defesa da Petrobras" estimulando a militância a comprar ações da estatal, que registraram baixas históricas nos últimos dias.

    O movimento inclui perfis que atuaram em favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff durante a campanha eleitoral deste ano e algumas personalidades, como o ator José de Abreu.

    Os ativistas digitais pregam basicamente duas teorias. Primeiro, que o governo compre ações da Petrobras para "reestatizar" a empresa. Segundo, sugere que a militância use suas economias para adquirir papéis da estatal.

    Greg Salibian - 30.jun.2013/Folhapress
    O ator Jose de Abreu, que atuou em favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff
    O ator Jose de Abreu, que atuou em favor da reeleição da presidente Dilma Rousseff

    Os que defendem a compra individual chegam a pedir que apoiadores do PT economizem "o valor das cervejas que beberíamos no fim de semana" ou "o valor das despesas com o salão" de beleza. Nesta terça (16) as ações chegaram a ser negociadas por R$ 9,38 cada uma.

    Os que incentivam a compra dos papéis argumentam que a Petrobras é alvo de ataque especulativo com o intuito de forçar sua privatização.

    Entusiasta do movimento, José de Abreu disse em sua conta no Twitter que só não comprava ações da empresa por estar "sem dinheiro". Ele divulgou uma série de mensagens pregando tanto a "reestatização" como a compra individual dos papéis.

    O apoio à tese de que o governo deveria recomprar ações é fundamentado em uma nota da Associação dos Engenheiros da Petrobras.

    A entidade diz que, diante da desvalorização, "o governo deveria aproveitar as ações em baixa para recuperar o máximo possível da maior empresa do país para o controle do povo".

    Procurado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão afirmou que o movimento é espontâneo. "Não tem nada a ver com o partido, institucionalmente falando", disse.

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