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    Estatais dizem que usam publicidade para fortalecer marcas

    DE BRASÍLIA

    17/12/2014 02h00

    Empresas estatais, cujos gastos com publicidade aumentaram 65% de 2006 a 2013, afirmaram que os critérios de distribuição de suas verbas são aqueles que atendam o objetivo de fortalecimento da marca, além da diversidade.

    A Secom não respondeu ao questionamento, mas sua política baseada em audiência e abrangência para distribuição de recursos é pública.

    "No planejamento de mídia são consideradas cobertura, penetração e afinidade dos veículos junto ao público-alvo. O planejamento inclui tanto veículos que representam grandes grupos de comunicação, quanto os de menor porte", afirmou a assessoria do Banco do Brasil.

    A assessoria da Caixa disse que o banco leva em conta diferentes fatores, "buscando dar força à marca na mídia, através da presença em diferentes ambientes".

    Os Correios disseram usar pesquisas de mídia para averiguar as melhores formas de atingir o resultado de comunicação esperado.

    Em resposta enviada na noite de quinta-feira (18), a Petrobras afirmou que realiza seu planejamento publicitário com base no "plano de negócios e gestão e plano estratégico" da companhia. "A divisão de verba leva em conta os objetivos de comunicação traçados para o ano, bem como dados de participação de mercado dos meios e veículos, e a afinidade com os públicos alvo de interesse de cada ação publicitária da Petrobras."

    Veículos de comunicação apontados pela oposição como parceiros do governo afirmam que o repasse de verbas publicitárias não tem influência sobre a linha editorial.

    "A gente também bate [em posições do governo]. Temos um posicionamento: somos uma revista de esquerda. Não acreditamos no não tem um lado'", disse Wagner Nabuco, diretor-geral da revista "Caros Amigos". Ele afirma que a maior fonte de renda da revista vem das assinaturas.

    "Sugerimos à direção da Folha de S.Paulo a leitura da Carta Capital' para perceber a nossa independência", disse a revista em e-mail.

    "Os anunciantes que veiculam no 247 buscam atingir uma audiência ampla, mais de 4 milhões de visitantes únicos/mês e 581 mil seguidores no Facebook, e também influente, sem qualquer contrapartida na linha editorial", afirmou Leonardo Attuch, criador do site Brasil 247.

    O jornalista Luis Nassif disse que seu blog "é eminentemente jornalístico, sem nenhuma vinculação partidária". Ele afirmou que a receita de publicidade de estatais e outros órgãos do governo representa metade da receita do jornal GGN, onde o blog está hospedado: "Basta ler o blog para conferir posts críticos à política econômica. O blog é eminentemente jornalístico, sem nenhuma vinculação partidária e liderado por um jornalista com 40 anos de profissão e que já conquistou todos os prêmios da categoria".

    O site Carta Maior afirmou que seu diretor estava em viagem. A reportagem não obteve resposta do blog Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, e da "Revista Fórum". Não conseguiu contato com o Opera Mundi.

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