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    Lava Jato

    CGU, órgão do governo, confirma prejuízo de US$ 659 mi com Pasadena

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    17/12/2014 16h25

    A CGU (Controladoria-Geral da União), órgão de controle do governo federal, confirmou que a Petrobras teve um prejuízo bilionário na aquisição da refinaria de Pasedena, nos EUA.

    O órgão apontou em relatório finalizado hoje que a estatal pagou US$ 659 milhões (R$ 1,8 bilhão) a mais pela aquisição da companhia nos EUA.

    O valor é menor que os US$ 792 milhões (R$ 2,1 bilhões) de prejuízo apontado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) na investigação dessa compra da refinaria. Mas confirma os mesmos argumentos que levaram o órgão de controle externo ligado ao legislativo a apontar prejuízo. A Petrobras está contestando a condenação do TCU.

    O principal argumento da Controladoria para apontar o prejuízo na compra é que a Petrobras não se baseou numa avaliação de uma companhia internacional contratada por ela para avaliar o preço da refinaria e pagou por ela pela rentabilidade que a estatal imaginava que Pasadena teria com os investimentos que a própria Petrobras iria fazer. Também foi apontado que a Petrobras aceitou cláusulas benéficas à sua então sócia na companhia, a belga Astra Oil.

    A CGU afirma ainda que o conselho de administração, do qual a presidente Dilma Rousseff fazia parte na época da compra como ministra da Casa Civil, sequer foi informado da avaliação dessa companhia.

    Como consequência da Auditoria, a CGU determinou que a Petrobras instaure processos para cobrar os prejuízos. A auditoria apontou 22 nomes como responsáveis pela aquisição, contra os quais a empresa terá que abrir processo administrativo que poderá levar à demissão do empregado. Entre os 22 que serão investigados estão o ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli, e os ex-diretores Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada.

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