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    Áreas sem risco de fome crescem no país, mas zonas rurais estacionam, diz IBGE

    LUCAS VETTORAZZO
    DO RIO

    18/12/2014 10h00

    O Brasil reduziu a fome como um todo, e cresceram no país as regiões na situação chamada segurança alimentar, que é quando a família tem acesso regular a alimentos sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais. Contudo, enquanto a fome caiu representativamente nas cidades, nas áreas rural ela praticamente não se alterou.

    Segundo o suplemento sobre segurança alimentar da PNAD (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios), divulgado nesta quinta-feira (18) pelo IBGE, dos 65,2 milhões de domicílios pesquisados, 77,4% estavam situação de segurança alimentar em 2013.

    Esse percentual representa alta de 7,6 pontos percentuais em relação ao observado em 2009 (69,8%). O país somou 50,5 milhões de lares nessa situação no ano passado.

    Nas zonas rurais, o percentual de famílias em segurança alimentar estacionou– era de 64,8% em 2009 e caiu para 64,7% em 2013, recuo de 0,1 ponto percentual. Nas zonas urbanas, o percentual avançou de 70,7% em 2009 para 79,5% em 2013– alta de 8,8 ponto percentual.

    REGIÕES

    Houve ainda aumento na segurança alimentar em todas as cinco macrorregiões brasileiras e queda na insegurança nas cinco regiões, com exceção da região Norte, onde a variação no nível de insegurança alimentar leve ficou estável entre 2009 e 2013.

    Há, contudo, uma discrepância no nível de segurança alimentar nas regiões do Sudeste, Sul e Centro-Oeste para o Norte e o Nordeste. As famílias que declararam estar em situação de segurança alimentar são 63,9% no Norte e 61,9% no Nordeste. Esse percentual aumenta no Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, que apresentaram, respectivamente, percentual de 85,5%, 85,1% e 81,8%.

    ESTADOS

    Pelo segundo levantamento consecutivo, o Maranhão foi o pior estado do Brasil em segurança alimentar. Enquanto apenas 39,1% da população estão em situação de segurança alimentar, 23,7% apresentaram insegurança moderada ou grave. O IBGE não detalhou cada nível de insegurança no recorte por Estado. O Piauí vem logo em seguida, com 44,4% dos lares em segurança alimentar e 19% com algum tipo de insegurança.

    Santa Catarina é o estado com o melhor cenário: a segurança atingiu 88,9%, a maior do país, e uma insegurança moderada ou grave de 3,6%, o segundo menor do Brasil. Espírito Santo também está bem colocado e foi o que mais ampliou a segurança de 2009 para 2013. A segurança atingiu 89,6%, enquanto a insegurança moderada ou grave, 3,8%.

    Os percentuais de São Paulo ficaram em 88,4% e 3,6%, respectivamente, para segurança e insegurança moderada ou grave. Rio de Janeiro ficou em 82,2% para segurança e 5,1% para insegurança moderada ou grave.

    Editoria de Arte/Folhapress

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