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    Lava Jato

    Denúncias de políticos envolvidos na Lava Jato ficam para fevereiro

    SEVERINO MOTTA
    DE BRASÍLIA

    18/12/2014 14h35

    O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, só vai pedir aberturas de inquéritos e oferecer denúncias sobre políticos envolvidos na Operação Lava Jato em fevereiro de 2015, quando for aberto o ano do Judiciário.

    Nesta quarta-feira (17), Janot enviou ao ministro Teori Zavascki, responsável pelos processos relativos à Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal) a delação premiada do doleiro Alberto Youssef. A expectativa é que o magistrado a homologue até esta sexta-feira (19), último dia de trabalho da corte no ano.

    Os pedidos de abertura de inquérito e denúncias contra políticos terão como base as delações de Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que firmaram acordo com o Ministério Público para revelar crimes e tentar reduzir o tamanho de sua eventual condenação pelo desvio de recursos da Petrobras.

    A operação investiga desvios e lavagem de dinheiro na estatal.

    Até o momento, 39 pessoas, entre funcionários de empreiteiras, da Petrobras e intermediários de esquemas de corrupção, tornaram-se réus em decorrência da Operação Lava Jato.

    As denúncias foram acatadas pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, responsável pelo julgamento daqueles que não contam com foro privilegiado. Os políticos, por sua vez, só podem ter o caso analisado pelo STF.

    A abertura de uma ação penal não significa culpa. É o primeiro passo do processo, durante o qual o juiz ouvirá testemunhas e acusados, que também apresentarão suas defesas.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Em seu depoimento, Paulo Roberto Costa afirmou que o esquema de corrupção na Petrobras irrigou campanhas de três partidos nas eleições de 2010: PT, PMDB e PP.

    A Folha apurou que Costa disse ao Ministério Público Federal que repassou propina ao ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra para que ajudasse a esvaziar uma CPI criada para investigar a Petrobras em 2009. O tucano morreu em março deste ano.

    Já segundo a revista "Veja", o ex-diretor da Petrobras citou pelo menos 25 deputados federais, 6 senadores, 3 governadores e um ministro de Estado.

    Editoria de Arte/Folhapress

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