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    Para brasileiro, jornais impressos e televisão têm mais credibilidade

    MARIANA HAUBERT
    DE BRASÍLIA

    19/12/2014 14h47

    Apesar de o brasileiro passar, em média, cinco horas por dia à frente do computador ou aparelhos digitais, a internet é o meio menos confiável de busca de informação. Os jornais impressos e a televisão são os meios que têm mais credibilidade entre a população.

    A conclusão é de uma pesquisa da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência, realizada pelo Ibope. O estudo visa identificar os hábitos de consumo de informação e entretenimento da população brasileira.

    O nível de confiança dos jornais aumentou em relação à primeira edição. Agora, 58% dos entrevistados disseram confiar muito ou sempre nos jornais, ante 53% registrados na pesquisa anterior. No caso da TV, 54% confiam muito ou sempre, e, no do rádio, 52% dizem confiar muito ou sempre. Dentre os veículos profissionais, a revista é o único que inverte essa equação: 44% confiam muito ou sempre, contra 52% que confiam pouco ou nunca.

    Considerados os meios mais confiáveis para se obter informações, os jornais são lidos por quase um quarto da população. Segundo a pesquisa, 21% dos entrevistados leem jornais ao menos uma vez por semana e 7% os leem diariamente.

    Segundo a pesquisa, pessoas com maior nível de escolaridade e renda tendem a ler mais os jornais: 15% dos leitores com ensino superior e renda acima de cinco salários mínimos (R$ 3.620 ou mais) leem jornal todos os dias. Entre os leitores com até a 4ª série completa e renda menor que um salário mínimo (R$ 740), os números são 4% e 3%.

    A leitura de jornais em plataformas digitais ainda é baixa no Brasil. Dos entrevistados que leem os periódicos, 79% ainda preferem fazê-lo na versão impressa enquanto 10% preferem as versões digitais.

    INTERNET

    Recente para boa parte das pessoas, a internet ainda não tem boa credibilidade com a população: 71% das pessoas disseram confiar pouco ou nada em notícias veiculadas nas redes sociais; 69% dizem não confiar nas notícias lidas em blogs, e 67% não confiam nas de sites.

    Segundo o levantamento, o percentual de pessoas que acessa a internet todos os dias teve aumento de 11 pontos percentuais em um ano, chegando a 37% da população ante os 26% registrados na pesquisa realizada em 2013 e publicada em março de 2014.

    Apesar do avanço, a internet ainda não está disponível para toda a população: 51% dos entrevistados disseram não ter acesso à rede.

    Segundo o ministro Thomas Traumann (Comunicação Social), a pesquisa ajudará o governo a traçar as estratégias de veiculação de publicidade oficial.

    De acordo com o ministro, mais da metade dos recursos para publicidade ainda são destinados para a televisão mas a pesquisa indica que os investimentos em internet devem aumentar. Traumann afirmou que o governo encerrará 2014 tendo investido cerca de 15% em internet e poderá aumentar esse índice até cerca de 18% para o próximo ano.

    Entre os internautas, 92% estão conectados por meio de redes sociais, sendo as mais utilizadas o Facebook (83%), o Whatsapp (58%) e o Youtube (17%). O Twitter registrou uso de apenas 5% dentre os entrevistados.

    Apesar de a televisão e o rádio serem os meios de comunicação mais utilizados no país, o tempo gasto com internet já supera, desde a primeira edição da pesquisa, o tempo despendido com os outros dois.

    A pesquisa indica que 95% dos entrevistados afirmaram ver TV, sendo que 73% assistem diariamente. Em média, os brasileiros assistem a 4h31 por dia de televisão durante a semana, e 4h14 nos finais de semana. O tempo também aumentou em relação à edição passada, quando foram registrados os números de 3h29 e 3h32, respectivamente.

    A edição 2015 da pesquisa foi feita entre os dias 5 e 22 de novembro deste ano, por meio de um questionário de 85 perguntas aplicado em entrevistas em domicílio, com 18,3 mil pessoas maiores de 16 anos em 848 municípios. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.

    Editoria de Arte/Folhapress

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