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    Paulo Maluf perde presidência do PP-SP e partido elege novo nome

    GABRIELA TERENZI
    DE SÃO PAULO

    19/12/2014 15h36

    O deputado federal Paulo Maluf deixou a presidência do PP-SP nesta quinta-feira (18). Ele foi substituído pelo também deputado federal Guilherme Mussi após intervenção da Executiva Nacional do partido.

    A troca foi oficializada pela Justiça Eleitoral nesta sexta (19).

    O mandato de Maluf iria até junho de 2015. Para substituí-lo, foi preciso intervenção da Executiva Nacional, que formou uma comissão provisória.

    À Folha, Mussi afirmou que a troca já estava acordada com o partido antes das eleições. Segundo ele, o critério seria escolher o candidato mais votado do partido no Estado –à exceção de Maluf.

    Mussi teve 156 mil votos e Maluf, 250 mil.

    De acordo com o novo presidente do PP-SP, o diretório estadual postergou a troca de comando para que esta não fosse atrelada ao julgamento de Paulo Maluf no TSE. Ele teve a candidatura à reeleição barrada pela Lei da Ficha Limpa, mas conseguiu reverter a decisão na última quarta (17).

    "O dr. Paulo contribuiu muito. Mas é hora de dar uma oxigenada, trazer bons quadros que foram afastados do partido por divergências com o grupo que liderava a legenda", disse Mussi."[O PP] é um partido que não pode gravitar em torno de um nome."

    Mussi também defende o restabelecimento das relações com o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Nas eleições deste ano, o PP apoiou o candidato do PMDB ao governo estadual, Paulo Skaf.

    O deputado também apoiou o candidato do PSDB ao governo federal, Aécio Neves, contrariando o apoio nacional da sigla à presidente Dilma Rousseff (PT).

    Reprodução/Facebook/deputadoguilhermemussi
    O deputado Federal Guilherme Mussi (PP-SP), que apoiou a eleição de Aécio Neves (PSDB)
    O deputado Federal Guilherme Mussi (PP-SP), que apoiou a eleição de Aécio Neves (PSDB)

    Procurado pela Folha, Paulo Maluf afirmou não ver "nenhuma razão para ser destituído".

    "Não tem terceiro turno. Nós apoiamos a eleição da presidente Dilma, tudo normal", disse, por telefone.

    "A Executiva Nacional é soberana. Se não concorda, ele [Maluf] que tome as medidas legais", disse Mussi, quando questionado sobre as afirmações do ex-presidente do diretório estadual.

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