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    Lava Jato

    Lobão nega participação em desvios na Petrobras e diz que deixará ministério

    DIMMI AMORA
    DE BRASÍLIA

    23/12/2014 12h12

    O ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que deixará o cargo em 1º de janeiro, negou estar envolvido em qualquer esquema de desvio de recursos da Petrobras.

    Lobão é um dos supostos políticos citados pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa durante seu processo de delação premiada como beneficiário do esquema desbaratado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.

    O ministro disse que até hoje não sabe do que está sendo acusado e, por isso, não pode fazer sua defesa de forma adequada. Mas já adiantou que não tem responsabilidade sobre atos da empresa.

    "Digo e repito que não devo nada. Estou isento de qualquer culpa, venha ela de onde vier", afirmou o ministro.

    Lobão também defendeu a gestão da atual presidente da empresa, Graça Foster, a quem qualificou de gestora "rigorosa e séria".

    Sergio Lima/Folhapress
    O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que deixará o cargo em janeiro
    O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que deixará o cargo em janeiro

    Segundo ele, a empresa é fiscalizada com rigor, seja pela auditoria interna, externa e também pelo TCU (Tribunal de Contas da União) que, segundo ele, solicita ao ano mais de 100 mil documentos da companhia. Lobão enfatiza, entretanto, que mais fiscalização é sempre uma boa medida.

    "A Petrobras não está solta no espaço. Ela é fiscalizada. No que depender dela [Graça Foster], tudo se corrigirá rápido e bem", disse o ministro.

    Segundo Lobão, a presidente Dilma Rousseff deverá anunciar ainda nesta terça-feira (23) seu sucessor e também outros ministros. Brincando, ele disse ainda não saber quem vai substituí-lo. Ele afirmou que o novo titular encontrará um ministério organizado e planejado.

    Após seis anos no comando do Minas e Energia, Lobão voltará a ser senador em janeiro. Ele afirmou que seu partido continuará ajudando o governo e negou que exista uma guerra com o Palácio do Planalto.

    "O PMDB tem sido solidário e eficiente. Pode haver alguma divergência, mas não guerra, nem falta de apoio [ao governo]", afirmou o ministro.

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