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    Alckmin não reduzirá equipe na nova gestão

    GUSTAVO URIBE
    DANIELA LIMA
    DE SÃO PAULO

    31/12/2014 02h00

    O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tomará posse nesta quinta-feira (1) para um novo mandato sem ter conseguido diminuir o atual número de secretarias estaduais.

    Em novembro, a equipe do tucano estudou o corte de até quatro pastas. Na época, o governador pediu a cada secretário relatório com indicações de gastos a serem reduzidos.

    A ideia era extinguir Turismo, fundir Gestão com Planejamento e Energia com Saneamento, e transformar Direitos da Pessoa com Deficiência em uma subsecretaria dentro da Saúde.

    Adriano Vizoni - 28.set.2014/Folhapress
    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes
    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) durante entrevista no Palácio dos Bandeirantes

    No início deste mês, o tucano, de fato, cortou Gestão, mas criou uma nova estrutura, a Secretaria de Governo, o que manteve o número total de 25 pastas estaduais.

    A redução do número de secretarias tinha como objetivo, além de enxugar a máquina pública, dar o exemplo de um modelo de "gestão eficiente", tornando o governo paulista uma espécie de vitrine eleitoral caso o tucano decida disputar a sucessão presidencial em 2018.

    Nesta terça-feira (30), Alckmin anunciou os últimos nomes de sua nova equipe de governo. Segundo auxiliares, a necessidade de acomodar partidos que apoiaram a sua reeleição inviabilizou a redução do número de pastas.

    No caso de Direitos da Pessoa com Deficiência, segundo a Folha apurou, o governador desistiu de transformar a pasta em uma subsecretaria com receio da repercussão negativa que a decisão poderia causar. Ao todo, PSDB, DEM, PSB, PPS, PTB, PV, PRB e Solidariedade indicaram nomes para nove das 25 secretarias.

    Na nova equipe, o governador conseguiu reduzir o número de secretários com mandato no Poder Legislativo. No total, foram indicados quatro deputados federais eleitos para os próximos quatro anos e um vereador.

    No início deste ano, eram oito os secretários estaduais com mandato, seis dos quais deixaram o governo em abril para disputar as eleições. O objetivo da mudança é tentar evitar descontinuidades em obras e projetos devido a trocas em período eleitoral.

    Para a formação de sua nova equipe, auxiliares do tucano chegaram a sondar o ex-jogador Ronaldo Nazário para Esporte.

    Com a necessidade de acomodar o PRB, no entanto, a pasta foi entregue ao partido. O esportista era cotado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para o ministério de mesmo nome caso o tucano fosse eleito presidente.

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    A NOVA EQUIPE DO GOVERNADOR

    Cota pessoal de Alckmin

    • Alexandre de Moraes (Segurança Pública)
    • Benedito Braga (Saneamento)
    • Clodoaldo Pelissioni (Transportes Metropolitanos)
    • Edson Aparecido (Casa Civil)
    • João Carlos de Souza Meirelles (Energia)
    • Marcos Monteiro (Planejamento)
    • Patrícia Iglecias (Meio Ambiente)
    • Renato Vilela (Fazenda)
    • Saulo de Castro (Governo)

    Cota do PSDB

    • Duarte Nogueira (Logística e Transportes)
    • Floriano Pesaro (Des. Social)

    Cota do DEM

    • Nelson Baeta (Habitação)

    Cota do PSB

    • Márcio França (Desenvolvimento Econômico)

    Cota do Solidariedade

    • João Dado (Emprego)

    Cota do PTB

    • Aloísio Toledo César (Justiça)

    Cota do PRB

    • Jean Nadeira (Esporte)

    Cota do PV

    • Roberto de Lucena (Turismo)

    Cota do PPS

    • Arnaldo Jardim (Agricultura)

    * Permanecem Marcelo Araújo (Cultura), Lourival Gomes (Adm. Penitenciária), David Uip (Saúde), Herman Voorwald (Educação), José Rodrigues (Casa Militar), Elival Ramos (Procuradoria-Geral) e Linamara Battistella (Pessoa com Deficiência)

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