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    Filho supera senador Renan Calheiros e assume nesta quinta governo de AL

    JOÃO PEDRO PITOMBO
    DE SALVADOR

    01/01/2015 01h50

    O economista Renan Filho (PMDB) assume nesta quinta-feira (1) o governo de Alagoas e "supera" o legado do pai, o senador Renan Calheiros, que nunca se elegeu para comandar o Executivo de seu Estado.

    Provavelmente sem a presença do pai, a solenidade está marcada para começar às 15h (horário de Brasília), na Assembleia Legislativa. Depois, a posse será realizada no Palácio Museu Floriano Peixoto, em Maceió.

    Aos 34 anos, será o mais jovem dos 27 governadores desta legislatura. Já foi deputado federal e prefeito de Murici (a 50 km de Maceió) entre 2004 e 2010.

    Sua chegada ao governo demonstra a força da família Calheiros no Estado, que, na eleição de 2014, voltou a se unir ao senador reeleito Fernando Collor de Melo (PTB).

    No governo, Renan Filho terá como missão sanear as finanças do Estado e reduzir o fosso que separa Alagoas do restante do país em áreas como educação e segurança.

    Após dois mandatos no governo alagoano, o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) deixa Estado como o penúltimo pior Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do país.

    Alagoas também é proporcionalmente a campeã em homicídios do país, com um índice anual de 64,6 assassinatos por 100 mil habitantes, segundo o Mapa da Violência.

    No campo político, Renan Filho terá como desafio gerir os conflitos de uma aliança tão ampla como heterogênea: é formada por 15 partidos, incluindo conservadores do PSC e militantes de esquerda do PT e PC do B.

    Agenda oficial do presidente do Congresso Nacional diz que Calheiros estará em Brasília durante a posse do filho.

    CAMPANHA

    Com o senador Renan Calheiros como o principal articulador da campanha, Renan Filho conquistou o apoio de prefeitos e teve uma arrecadação de R$ 16,8 milhões.

    Cerca de 40% dos recursos arrecadados vieram de empreiteiras envolvidas na operação Lava-Jato - OAS, Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Odebrecht e Camargo Corrêa.

    Uma estrutura profissional, aliada a uma forte crítica ao governo tucano de Teotônio Vilela, foi sua principal estratégia de Renan Filho para conquistar votos.

    Foi eleito com 52% dos votos válidos contra 34% do senador Biu de Lira (PP) e 8% do vereador Júlio Cézar (PSDB).

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