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    Rollemberg toma posse no DF e diz que enfrentará crise 'sem precedentes'

    SOFIA FERNANDES
    DE BRASÍLIA

    01/01/2015 11h59 - Atualizado às 14h21

    Rodrigo Rollemberg (PSB) tomou posse como governador do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (1º), em cerimônia que começou com uma hora de atraso.

    No auditório da Câmara Legislativa do DF, cheio de familiares, deputados distritais, políticos e demais apoiadores, o governador destacou em seu discurso inaugural a crise financeira "sem precedentes" em que se encontra a capital, o que vai demandar uma postura "firme" do governo e da sociedade.

    "A situação econômica é grave, gravíssima. É séria. Vivemos o maior desequilíbrio orçamentário e financeiro, e isso exigirá de todos nós –governo, poderes constituídos e sociedade civil– postura firme, solidária, propositiva e eficiente para equilibrar as contas públicas. Sem equilíbrio das contas, não haverá desenvolvimento sustentável", disse.

    Na cerimônia de troca da faixa, no Palácio do Buriti, sede do governo local, o ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foi vaiado por cerca de 30 manifestantes e não fez discurso.

    Depois das cerimônias, Rollemberg afirmou a jornalistas que espera contar com um adiantamento de R$ 412 milhões de repasses federais para pagar salários atrasados de funcionários públicos.

    Rollemberg voltou a defender mais transparência com os números e finanças, menos desperdício e combater a corrupção, promessas de sua campanha.

    Em seus discursos, citou seu padrinho e correligionário Miguel Arraes e seu neto, Eduardo Campos.

    O governador venceu em segundo turno, do adversário Jofran Frejat (PR). O ex-governador Agnelo Queiroz, que tentou a reeleição, ficou em terceiro lugar no primeiro turno. Em 2002, Rollemberg concorreu pela primeira vez ao cargo, derrotado por Joaquim Roriz.

    CRISE

    O Distrito Federal passa por grave crise financeira. O pessebista e sua equipe estimam assumir o comando com um rombo nas contas públicas de R$ 3,8 bilhões.

    Entre os setores mais prejudicados, estão educação e saúde, que, mesmo recebendo repasses federais bilionários, terminaram o ano com salários de funcionários atrasados. "É um quadro lamentável, é visível a olho nu. Brasília, a cidade monumento, não pode continuar sento identificada pela corrupção, desmandos, ineficiência da gestão pública", disse.

    Um dos primeiros baques de sua gestão foi justamente na área da saúde. O secretário nomeado por Rollemberg, Ivan Castelli, desistiu de assumir o posto antes mesmo do início do mandato.

    Em seu plano de transição, o governador traçou alguns cortes de gastos, como a redução de secretarias em seu governo.

    No seu discurso, falou ainda que seu objetivo é reduzir as "imensas desigualdades entre a região central e as cidades que circundam do DF".

    Rollemberg é graduado em história pela Universidade de Brasília (UnB). Ao assumir o governo do DF, deixa para seu suplente metade de seu mandato de senador.

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