• Poder

    Tuesday, 07-May-2024 22:35:21 -03

    Chinaglia desafia adversários a provar troca de apoio por cargo

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    20/01/2015 15h57

    O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), que é candidato à presidência da Câmara, negou nesta terça-feira (20) que pessoas ligadas à sua campanha estejam oferecendo a congressistas cargos em governos em troca de apoio na eleição e afirmou que os adversários precisam provar a suspeita.

    Reportagem da Folha nesta terça mostrou que o principal rival do petista, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), relatou que 'ministros' estão abordando deputados com 'todo tipo de propostas', incluindo ofertas de cargos. Outros congressistas ouvidos também confirmaram a situação.

    "Eu não tenho cargo para oferecer. Parto de um pressuposto: quando faço uma denúncia, eu provo. Eu não tenho que me defender do que alguém está dizendo. Prove. É mais simples", disse Chinaglia.

    Em visita a Porto Alegre, onde almoçou com petistas e aliados, ele também fez críticas a Cunha e disse que o peemedebista tentou se aproveitar da polarização entre PT e PSDB na eleição presidencial, mas não conseguiu.

    "Houve uma tentativa de alguém [Cunha] virar candidato tanto do governo quanto da oposição. Não funcionou. Porque o movimento do candidato Eduardo foi virar o porta-voz do movimento 'fora PT'. E eu não sei se o PMDB tem tanta autoridade assim para criticar todo e qualquer partido. Na minha opinião, não."

    O petista disse ainda que apoiará o candidato do PSB, Júlio Delgado (MG), se ficar fora do segundo turno na eleição. A eleição ocorrerá no dia 1º de fevereiro.

    "Temos uma relação muito boa. Não há acordo, mas, se o Júlio for para o segundo turno, eu apoio o Júlio", disse.

    GASTOS DO LEGISLATIVO

    Cunha e Chinaglia têm prometido na campanha atender reivindicações dos congressistas que iriam gerar mais gastos de dinheiro público no Legislativo. Entre elas, está o reajuste nas verbas para o pagamento de funcionários.

    A jornalistas o petista afirmou que deputados estaduais possuem "megaestruturas" de trabalho nas Assembleias e que, proporcionalmente, o Senado gasta mais do que a Câmara. "Os orçamentos são praticamente iguais e lá são 81 senadores e aqui são 513 deputados."

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024