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    Fórum é incendiado após juiz indeferir cassação de prefeito no MA

    MARTHA ALVES
    DE SÃO PAULO

    21/01/2015 02h36

    O processo de cassação do prefeito de Buriti ( 318 km de São Luís) terminou com o fórum da cidade incendiado por um grupo revoltado com a decisão do juiz de indeferir o afastamento de Rafael Mesquita do cargo, na tarde de terça-feira (20).

    Após saber do resultado favorável ao prefeito, ao menos 15 pessoas invadiram o fórum e atearam fogo no local, por volta das 15h30.

    Computadores, vários processos, mesas, cadeiras e urnas eletrônicas foram danificados pelo fogo. Não houve feridos, de acordo com a Polícia Militar de Chapadinha.

    Segundo a PM, manifestantes tentaram amarrar o juiz Jorge Antônio Sales, que conseguiu fugir do grupo escoltado por policiais militares.

    O tumulto só foi controlado após a chegada da PM que fez um cordão de isolamento em frente ao fórum. Um caminhão pipa da prefeitura foi utilizado por funcionários, moradores e policiais para apagar o fogo. O Corpo de Bombeiros fica distante da cidade, segundo a PM.

    Durante a madrugada desta quarta-feira (21), a polícia ainda fazia buscas na região para tentar prender os suspeitos de incendiar o fórum.

    Divulgação/CorreioBuritiese
    Fórum de Buriti (MA) foi incendiado após pedido de cassação de prefeito ser indeferido
    Fórum de Buriti (MA) foi incendiado após pedido de cassação de prefeito ser indeferido

    PROCESSO

    O prefeito Rafael Mesquita e o vice Raimundo Nonato Mendes Cardoso eram julgados em um processo de improbidade administrativa pelo uso indevido de recursos não contabilizados em contas.

    Os dois negaram ao juiz ter contratado os serviços do proprietário de um de ultraleve que lançou panfletos durante campanha com pesquisa eleitoral registrada. Eles disseram à Justiça, que o homem teria feito a distribuição espontaneamente e as ações não teriam contribuído para o desequilíbrio eleitoral.

    Mesquita e Cardoso também alegaram que os veículos alugados pela Empresa Síntese LTDA foram contabilizados na prestação de contas, o que prova a inexistência de "caixa dois" na campanha.

    Em julho do ano passado, os dois foram condenados pela 25ª zona eleitoral, que havia cassado os diplomas e os declarado inelegíveis por oito anos. Mas na manhã de terça, o prefeito e o vice conseguiram reverter a decisão, provocando a revolta de um grupo de moradores da cidade.

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