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    Chinaglia provoca PMDB e cita atuação de Temer em disputa na Câmara

    MÁRCIO FALCÃO
    RANIER BRAGON
    DE BRASÍLIA

    22/01/2015 20h08

    Candidato do PT à presidência da Câmara, o deputado Arlindo Chinaglia (SP) comparou nesta quinta-feira (22) a atuação de ministros na disputa à do vice-presidente, Michel Temer, a favor de seu adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Em uma provocação ao peemedebista, o petista sustentou, no entanto, que não estava disposto a reclamar.

    Chinaglia ainda fez questão de ressaltar que Temer, presidente do PMDB, assinou uma nota declarando apoio a Cunha.

    "Você acha normal o vice-presidente apoiar uma candidatura? A mim é atribuído ser o suposto beneficiário de uma ação do governo. Do ponto de vista da democracia, o vice tem toda legitimidade de quem foi eleito, de que tem influência no PMDB e não vou reclamar porque ele assinou uma nota apoiando o candidato do PMDB", afirmou.

    Alan Marques - 17.dez.2014/Folhapress
    O deputado Arlindo Chinaglia, candidato do PT à presidência da Câmara dos Deputados
    O deputado Arlindo Chinaglia, candidato do PT à presidência da Câmara dos Deputados

    O PMDB tem acusado o Planalto de tentar interferir na sucessão na Casa, pressionando a base aliada com promessas de distribuição de cargos e de atuar em vazamentos seletivos de informações para constranger sua campanha. O objetivo seria dar fôlego à candidatura petista.

    Cunha enfrenta resistências do governo, que o considera um aliado com viés oposicionista e teme que sua gestão coloque a presidente Dilma Rousseff em situação difícil.

    O candidato do PT ainda negou que tenha fechado acordo para que o partido apoie o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) em um eventual segundo turno na briga pelo comando da Câmara.

    "Nunca falei em acordo. Em nenhum momento Júlio fez consideração ou insinuação ou algo que ficasse algum tipo de sombra. Se eu não for para o segundo turno, prefiro um candidato que quando fala prova, prefiro um candidato que não insinua e que tenha um padrão político que me agrada. É nesse sentido que no segundo turno eu votaria no Júlio", disse.

    Chinaglia recebeu nesta quinta o apoio da bancada do PSD, que reúne 36 deputados e é representada no primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff pelo ministro Gilberto Kassab (Cidades) que não compareceu ao evento. A aliança do petista ainda tem PC do B (10) e Pros (11), além do próprio PT (69).

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