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    Adversários no Congresso são 'toma lá, dá cá', diz Júlio Delgado

    DE SÃO PAULO

    25/01/2015 02h00

    Azarão que pretende derrotar os dois maiores partidos do Congresso, o mineiro Júlio Delgado (PSB), 48, diz que seus adversários representam o "comodismo", a "mesmice" e o "toma lá, dá cá".

    *

    Folha - O que o leva a crer que irá vencer os dois maiores partidos do Congresso?
    Júlio Delgado - Diferentemente da última eleição de 2013, quando não tive apoio de partido político nenhum [ele se candidatou ao comando da Câmara há dois anos e obteve 165 dos 513 votos], o que me dá o entusiasmo de seguir em frente é a musculatura que a gente ganhou com o apoio do PSDB, do PPS e do PV. Mais o PSB, temos um número até maior do que esses partidos grandes.

    Sua eventual gestão será de oposição ao governo Dilma?
    Não, nossa gestão será republicana, institucional, para que o Parlamento se reaproxime da sociedade.

    Sérgio Lima - 10.dez.2014/Folhapress
    O deputado Júlio Delgado (PSB), ao centro, representa a terceira via na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados
    O deputado Júlio Delgado (PSB), ao centro, representa a 3ª via na disputa pela presidência da Câmara

    A última gestão à presidência da Câmara não alinhada ao governo foi a de Severino Cavalcanti [2005], que foi tumultuada e terminou em renúncia. O sr. não teme que isso se repita?
    Essa eleição lembra muito aquela eleição de 2005 pela configuração de forças. Dois candidatos da base disputando entre si e acabou vencendo o candidato de contraposição. O fenômeno se repete, os personagens são outros.

    Como será o tratamento que o sr. dará ao caso de deputados envolvidos na Lava Jato e ao pedido de nova CPI da Petrobras?
    Institucional, como fiz como membro do Conselho de Ética [Delgado foi relator dos processo de cassação do ex-ministro José Dirceu e do ex-petista André Vargas].

    O que a gente tem que dar ao Conselho de Ética é poder de convocação de testemunha, diferentemente de convite, que isso sim protela muito. Em relação a CPI, se proposta e instalada... ficaram várias questões pendentes para este ano [Já houve uma CPI do caso da Petrobras, encerrada no final do ano passado].

    Eu como presidente, se conseguidas as assinaturas, ao qual apostarei também a minha, instalarei imediatamente, no sentido de dar continuidade às investigações.

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