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    Promessa de mordomia domina eleição na Câmara, diz Chico Alencar

    DE BRASÍLIA

    25/01/2015 02h00

    Chico Alencar (PSOL-RJ), 65 anos, foi o candidato menos votado nas eleições para a presidência da Câmara dois anos atrás.

    Mesmo assim, o nanico e oposicionista PSOL lançou novamente seu nome na última sexta-feira (23).

    Ele diz querer romper o debate que, afirma, se concentra em mais mordomias aos deputados federais.

    Alan Marques - 4.fev.2013/Folhapress
    O deputado Chico Alencar (PSOL) discursa no plenário
    O deputado Chico Alencar (PSOL) discursa no plenário

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    Folha - Em 2013 o sr. também foi candidato à presidência da Câmara dos Deputados e só teve 13 votos. Pra que lançar uma candidatura para perder novamente?
    Chico Alencar - Para romper com o padrão dominante no debate político no Brasil, que está mais preocupado nas disputadas de presidência das casas legislativas com assuntos internos e o aumento de mordomias do que com o resgate da relação do Parlamento com a sociedade, com o povo.

    Em caso de vitória, o sr. cortaria benefícios que são dados aos deputados?
    No momento atual temos plenas e inteiras condições de exercer o mandato parlamentar em termos de estrutura. Não precisamos de mais nada. Combustível, gastos do cotão [verba mensal para gastos como aluguel, alimentação, transporte, entre outros], pode-se economizar em vários aspectos.

    O PSOL elegeu cinco deputados federais em 2014. A Câmara é a representação do povo. Por que o sr. acha que ela deveria ser comandada por um partido com tão poucos votos populares?
    Porque não há uma ligação direta entre o sistema eleitoral universal, onde há um evidente e escancarado abuso de poder econômico, com o entendimento do que deve ser uma gestão austera, transparente e democrática do Legislativo.

    Qual seria o tratamento que o sr. dispensaria aos parlamentares citados nos depoimentos da investigação da Operação Lava Jato?
    É Conselho de Ética e averiguação de quebra de decoro parlamentar. E pra mim é claro: quem for indicado na Operação Lava Jato quebrou o decoro parlamentar. Logo, não pode exercer mandato de deputado federal.

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