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    Cunha defende financiamento privado de campanha eleitoral

    MARINA DIAS
    DE SÃO PAULO

    26/01/2015 12h27

    Candidato do PMDB à presidência da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ) disse nesta segunda-feira (26) que a "tentativa de criminalizar" o financiamento privado de campanha eleitoral "é perigoso" e "uma seara de risco enorme". Segundo ele, a contribuição única e exclusivamente de pessoas físicas para as campanhas será "um desvirtuamento da representação".

    O STF (Supremo Tribunal Federal) julga o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais.

    "Discordo da decisão que o financiamento privado seja ilegal. Se é inconstitucional ou ilegal, todo mundo aqui se elegeu na ilegalidade", afirmou Cunha.

    Durante evento na sede da Força Sindical, em São Paulo, o deputado defendeu a diminuição do tempo de campanha para baixar também os custos. "Três meses [de campanha] é muito. O eleitor decide em cima da hora. Se você diminui o tempo de campanha, você diminui o custo."

    CÂMARA

    Sobre as investidas do Palácio do Planalto para inflar a campanha de seu adversário Arlindo Chinaglia (PT-SP) –Cunha acusa o governo federal de interferir na eleição da Câmara prometendo cargos no segundo escalão governo e até mesmo a liberação de emendas parlamentares–, o deputado voltou a falar em "sequelas" na relação entre seu partido, o PMDB, e o governo federal.

    "Acho que o Poder Executivo não pode interferir na eleição do Legislativo. Acho equivocado. Certamente será um erro que terá sequelas futuras, porque o PMDB, partido do qual faço parte, é da base do governo", disse.

    Ainda segundo Cunha –que garante que, se eleito, não será um presidente de oposição nem de submissão– "essa tentativa não surtirá efeito". O deputado se diz certo de sua "ampla vitória" na eleição para a presidência da Casa, que acontece no domingo (1).

    Dos sindicalistas, o deputado ouviu pedidos em relação a projetos de lei sobre direitos dos trabalhadores que estão parados na Câmara. Cunha, porém, evitou se comprometer com eles e disse que, como presidente da Casa, estará "aberto ao debate". "Tem coisas que não são da alçada do presidente", afirmou.

    Após o encontro na Força, Cunha participa de um almoço com deputados de várias siglas e, em seguida, com parlamentares do PSDB. No fim do dia, viaja a Curitiba para reunião com o governador Beto Richa (PSDB).

    Apesar do eventual apoio dos tucanos num segundo turno das eleições –o PSDB hoje apoia a candidatura de Julio Delgado (PSB)–, Cunha manteve a fala de que não será um presidente de oposição.

    "Podem vir todos os partidos de oposição que a minha posição não vai mudar. Ninguém vai para o Procon reclamar da minha atuação como presidente. Vou fazer aquilo que estou prometendo na campanha", disse o peemedebista.

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