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    Em seu primeiro discurso, Cunha já anuncia projeto incômodo ao Planalto

    RANIER BRAGON
    MÁRCIO FALCÃO
    ANDRÉIA SADI
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA

    01/02/2015 21h12

    Em seu primeiro discurso como presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já anunciou que colocará em votação, assim que possível, o projeto que obriga o governo federal a liberar verbas para as emendas que os congressistas fazem ao Orçamento.

    Eleito na noite deste domingo (1) por 267 votos contra 136 do petista Arlindo Chinaglia (SP), Cunha é mal visto pelo Palácio do Planalto, que tentou nas últimas semanas derrubar a sua candidatura.

    A proposta de emenda à Constituição chamada de "orçamento impositivo" ainda precisa de ser votada em segundo turno pela Câmara.

    Em sua fala após a vitória, que foi comemorada com fogos de artifício na Esplanada dos Ministérios, Cunha manifestou incômodo pela interferência do governo federal na disputa.

    Pedro Ladeira/Folhapress
    Sessão plenária para eleição do presidente da Câmara dos Deputados. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito no primeiro turno
    Eduardo Cunha (PMDB-RJ), novo presidente da Câmara, na sessão que abriu a Legislatura

    "Assistimos à tentativa de interferência do governo, mas o parlamento, por sua independência, sabe reagir. E ele soube reagir pelo voto", afirmou. Ele ressaltou, entretanto, que não haverá sequelas na relação. "Nunca, em nenhum momento, disse que faria uma gestão de oposição", discursou.

    Nas últimas semanas, o governo mobilizou ministros em favor de Chinaglia, o que incluiu promessas de cargos e ameaças de retaliação em casos de traição.

    Mas a operação fracassou, já que Chinaglia obteve menos votos do que o total de deputados que compunham os partidos que o apoiavam oficialmente. Enquanto essas siglas somam 160 cadeiras, Chinaglia teve apenas 136 votos.

    Ainda em sua fala, Cunha prometeu priorizar a reforma política e o pacto federativo, sem entrar em detalhes. O peemedebista, que substitui o colega de partido Henrique Eduardo Alves (RN), já se declarou favorável a uma nova CPI para investigar o escândalo da Petrobras.

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