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    Luciana Genro assume cargo na bancada do PSOL na Assembleia do RS

    FELIPE BÄCHTOLD
    DE PORTO ALEGRE

    03/02/2015 09h41

    Fabio Braga - 2.out.14/Folhapress
    Luciana Genro (PSOL), então candidata à Presidência, em debate durante as eleições
    Luciana Genro (PSOL), então candidata à Presidência, participa de debate durante as eleições

    Candidata à Presidência da República em 2014, Luciana Genro (PSOL) assume nesta terça-feira (3) um cargo público na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

    A ex-deputada federal, que ficou em quarto lugar na disputa pelo Planalto e teve 1,6 milhão de votos, vai trabalhar como coordenadora-geral da bancada do PSOL na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pelo qual vai receber R$ 16,9 mil mensais. A bancada do partido é representada por um só deputado: Pedro Ruas, 59, que a indicou para o cargo.

    "Vai fortalecer a atuação do PSOL na Assembleia. Também ajuda a dar mais visibilidade para o partido", disse Luciana, 44, à Folha.

    Protagonista de alguns dos momentos mais acirrados dos debates na TV no primeiro turno da campanha, Luciana afirma que foi convidada para a vaga pelo partido devido à sua experiência no Legislativo gaúcho, onde foi deputada por oito anos.

    A ex-candidata pretende permanecer por um ano na função e já articula uma candidatura à Prefeitura de Porto Alegre em 2016. Ela foi deputada federal até 2011 e esteve impedida de concorrer em eleições no Rio Grande do Sul nos últimos anos por ser filha do então governador Tarso Genro (PT).

    Na eleição para presidente em 2014, surpreendeu e acabou em quarto lugar, com 1,55% dos votos válidos. Na TV, bateu boca com o tucano Aécio Neves e criticava Dilma Rousseff por governar "para o capital financeiro".

    ESQUERDA RADICAL

    Mantendo seu discurso antibancos, Luciana comemorou nas últimas semanas a eleição do partido de esquerda radical Syriza, na Grécia, com o qual se diz identificada.

    "A vitória deles nos animou muito. Aqui, as alternativas de esquerda mais radicais têm mais dificuldades de aparecer como viáveis. Mas a gente aposta que esse processo vai se desenvolver."

    No Rio Grande do Sul, o PSOL buscou marcar posições antes mesmo de estrear na Assembleia.

    Pedro Ruas, que assumiu seu primeiro mandato, anunciou que faria oposição a qualquer um que vencesse o governo estadual no segundo turno e prometeu doar mensalmente para instituições de caridade o valor referente ao reajuste que os deputados aprovaram nos próprios salários em 2014.

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