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    Lava Jato

    Aécio e Serra criticam demora de Dilma em substituir Graça Foster

    GABRIELA GUERREIRO
    DE BRASÍLIA

    03/02/2015 17h43

    A oposição acusou nesta terça-feira (3) a presidente Dilma Rousseff de "fritar" a presidente da Petrobras, Graça Foster, ao decidir trocar somente agora o comando da estatal.

    Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) disse que Dilma desgastou a "melhor amiga" para substituí-la quando percebeu que sua presença na Petrobras seria "insustentável".

    "Em um gesto de pouca generosidade com sua amiga, a presidente permitiu que ela [Graça] assumisse uma responsabilidade que não é dela. Ela não teve condições de administrar a empresa. Ser amigo da presidente é pior do que ser seu adversário", disse o tucano.

    A oposição iniciou a coleta de assinaturas para instalar uma nova CPI mista (com deputados e senadores) para investigar a estatal. Aécio disse que a comissão de inquérito é necessária para fazer uma ampla investigação do esquema de corrupção na estatal.

    O senador José Serra (PSDB-SP) afirmou que Graça Foster deveria ter se afastado do comando da Petrobras desde que as primeiras denúncias de corrupção na empresa foram reveladas. A troca neste momento, segundo o tucano, comprova a necessidade de que toda a diretoria da Petrobras seja substituída.

    "Não digo que ela é culpada, não sei o seu grau de responsabilidade. Mas o ideal é trocar toda a diretoria e colocar gente profissional", afirmou Serra.

    Serra disse ser favorável à CPI da Petrobras por considerar que é função do parlamento investigar uma empresa pública.

    DEMISSÃO

    Dilma está reunida nesta terça com a presidente da Petrobras, no Palácio do Planalto. Na última sexta-feira, as duas já haviam conversado. Mais uma vez, Graça colocou o cargo à disposição. Desta vez, Dilma concordou em substituí-la e Graça já havia sido informada da troca, conforme antecipou a Folha na manhã desta terça, mas afirmou que precisava de um nome substituto.

    Até agora, porém, o governo não encontrou um sucessor que se disponha a assumir a estatal em meio ao escândalo de corrupção e assinar o balanço da empresa referente ao terceiro trimestre de 2014.

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