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    Lava Jato

    Novo presidente da Petrobras escolherá futuros diretores

    ANDRÉIA SADI
    NATUZA NERY
    DE BRASÍLIA
    LEONARDO SOUZA
    PEDRO SOARES
    DE DO RIO

    05/02/2015 02h00

    A presidente Dilma Rousseff quer definir nesta quinta-feira (5) o novo presidente da Petrobras e indicar substitutos temporários para os demais cargos da diretoria, dando liberdade para o novo executivo escolher auxiliares de sua confiança.

    No final desta quarta-feira (4), Dilma ainda não havia fechado o nome para o comando da estatal. O principal problema para o governo continua sendo encontrar executivos dispostos a assumir uma companhia em crise e sem um balanço auditado.

    Segundo assessores presidenciais, há três linhas opostas dentro do governo: o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) defende a indicação do presidente da Vale, Murilo Ferreira.

    Dilma admira o estilo discreto de Ferreira que, assim como ela, é mineiro. Os dois têm um amigo em comum, o chefe de gabinete de Dilma, Beto Vasconcelos.

    Segundo a Folha apurou, Ferreira foi sondado para assumir a vaga. Inicialmente, segundo pessoas próximas, disse que não desejava ocupar o cargo pois via como indispensável sua atuação na Vale no momento em que o minério de ferro bate recordes de baixa e a empresa também enfrenta dificuldades.

    Nesta quarta, no entanto, ele indicou que tende a aceitar, se for formalmente convidado por Dilma. Outro grupo no governo, liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, defende um nome do mercado financeiro.

    Entre os citados estão Paulo Leme, da Goldman Sachs, Henrique Meirelles e Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil.

    Graça Foster defende um nome que já esteja no Conselho de Administração da estatal, como o de Luciano Coutinho (BNDES).

    Nesta quarta, o presidente do BNDES esteve na sede da Petrobras, no Rio. Coutinho também é cotado para assumir a cadeira de presidente do Conselho, hoje ocupada por Guido Mantega.

    O nome de Henrique Meirelles também conta com a simpatia do ex-presidente Lula. Mas Dilma tem resistências ao ex-presidente do Banco Central. Além disso, a amigos Meirelles teria manifestado que não tem interesse em assumir a estatal.

    SOLUÇÃO INTERNA

    Graça chegou a sugerir opções para as diretorias, mas elas nem chegaram a ser analisados pela presidente.

    Outra ideia considerada nesta quarta, mas com menor força em relação às outras possibilidades, era manter o diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras, João Elek, recém-empossado no cargo, como chefe interino caso um substituto definitivo não seja encontrado até sexta. Elek não participou do movimento de renúncia coletiva.

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